Recorde aqui as incidências do encontro
“Não queremos ficar por aqui, depois de chegar à final, queremos ganhar o jogo. É isso que vamos fazer. Será um feito inédito e inesquecível para os nossos jogadores conseguirem ser campeões da Europa e, agora, sagrarem-se, campeões do Mundo. Pés bem assentes no chão, há recuperação para fazer e um adversário muito difícil pela frente”, afirmou Bino Maçães, em declarações divulgadas pela Federação Portuguesa de Futebol.
Maçães, que em Doha, conduziu Portugal a uma inédita final do Mundial, na qual irá encontrar a Áustria, também estreante nesta fase da prova, deixou um agradecimento aos jogadores e ao seu trabalho.
"Depois de termos ganho Campeonato da Europa, sem conseguir vir ao Mundial há tantos anos, e conseguir representar Portugal desta forma obriga-nos a agradecer aos nossos miúdos por todo o trabalho que fizeram, mas queremos fazer história”, afirmou.
O selecionador considerou que a partida com o Brasil, que Portugal venceu por 6-5 no desempate por penáltis, depois do empate sem golos no tempo regulamentar, “foi um jogo de adultos, são miúdos de 17 anos, mas foi um jogo de adultos, quer taticamente quer na intensidade que colocaram”.
“Defensivamente estivemos muito coesos e acho que tivemos mais oportunidades para marcar do que eles. Faltou-nos um pouco uma melhor definição, mas parabéns mais uma vez aos nossos jogadores" afirmou, destacando a capacidade da equipa de conseguir “aqui e ali desconstruir os adversários”.
Leia a crónica aqui
Bino Maçães considerou que o “segredo, nas competições a eliminar, é sempre a coesão defensiva”, acrescentando: “Quando isso acontece, depois, ofensivamente, consegues sempre fazer coisas interessantes porque tens qualidade para isso".
Com a final agendada para quinta-feira, às 19:00 (16:00 em Lisboa), no Estádio Internacional Khalifa, em Doha, o técnico admitiu que o tempo para festejar é pouco.
“Dá para festejar hoje, amanhã (terça-feira) temos de iniciar a recuperação e temos só um treino para preparar a Áustria. Depois, vamos à grande final!", afirmou.
Rafael Quintas, capitão da seleção portuguesa, considerou que Portugal conseguiu enfrentar o Brasil com "uma grande coragem e confiança", e anteviu uma final na qual a calma será fator fundamental.
"Agora temos de preparar a final porque temos de enfrentar uma Áustria muito difícil. Vamos festejar agora, descansar durante a noite e aproveitar os dias que temos para treinar. Uma final é sempre muito equilibrada. Estarão duas equipas muito boas que com certeza estarão preparadas uma para a outra. Vencerá quem estiver mais fresco, quem tiver mais qualidade e calma nos momentos decisivos", referiu.
O Brasil, detentor de quatro troféus da categoria, vai disputar o encontro para atribuição do terceiro lugar, frente à Itália, que perdeu por 2-0 com a Áustria, marcado também para quinta-feira, às 15:30 (12:30 em Lisboa), no complexo desportivo Aspire Zone.