Reveja aqui as principais incidências da partida

Campeão Europeu em junho, Portugal chegou ao Catar com altas expectativas. A Seleção Nacional participava pela quarta vez num Mundial sub-17, a primeira desde 2003, e na jornada inaugural deste Grupo B tinha, talvez, o teste mais fácil dos 15 jogos que realizou nesta competição: A Nova Caledónia.
É um clichê, os treinadores todos dizem que já não existem jogos fáceis no futebol atual e a Nova Caledónia demonstrou isso. Com um onze mais alternativo, se compararmos com a final do Europeu, Portugal até marcou primeiro, mas depois entrou em ação uma das novidades desta prova: o sistema de verificação de vídeo. O selecionador da Nova Caledónia pediu para rever um lance na área, em que Ricardo Neto derrubou um adversário e os homens do território ultramarino francês receberam um penálti convertido por Wamowa (11’).
O golo mexeu com Portugal, a equipa das quinas tentou muito, a bola parecia não entrar, até que Anísio Cabral, num dos muitos cruzamentos para a área respondeu da melhor maneira e empatou a partida aos 22’.
O 1-1 ao intervalo era mais um sinal da falta de eficácia de Portugal, do que propriamente da estoicidade defensiva da Nova Caledónia, que ia sentindo dificuldades naturais com o avançar do tempo. E a Seleção Nacional aproveitou isso na segunda parte.
Mateus Mide e João Aragão vieram dar uma rodagem diferente e isso sentiu-se logo com o bis de Anísio Cabral (47’), desta vez com um desvio a um cruzamento rasteiro. Stevan Manuel (52’) mostrou qualidade técnica depois de uma primeira parte muito apagada e fez o terceiro, com Mateus Mide (59’) a concluir uma jogada de insistência e a colocar um ponto final na partida.
Até final, Mauro Furtado foi a grande figura. O central, que havia assistido para o primeiro golo, entrou ele na ficha de jogo, aos 85’, com um desvio ao segundo poste. E só não bisou porque a trave lhe negou um grande tento na cobrança de um livre. Foi outro defesa, José Neto (90+7'), a fechar as contas, ana resposta a um cruzamento, à entrada da área.
No final, o desnível foi evidente. Portugal fez 49 remates, mas só 15 foram enquadrados. E o desagrado de Bino com a equipa, mesmo a ganhar por 1-5, foi prova disso mesmo. O marcador podia ter sido outro e numa prova curta todos os golos contam.
Portugal defronta Marrocos na próxima quinta-feira. Uma vitória coloca a equipa das quinas na fase a eliminar.

    