Espanha e Brasil vão defrontar-se no sábado, no Estádio Nacional de Santiago, num duelo de vida ou morte em que uma das duas seleções campeãs do mundo pode consumar um fracasso rotundo no Mundial Sub-20 no Chile.
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Marrocos surpreendeu ao qualificar-se para os oitavos de final como líder do chamado grupo da morte, em que Espanha e Brasil eram apontados como favoritos na antevisão.
No entanto, a Canarinha e a Rojita perderam frente aos africanos e empataram com o México, que completa o grupo.
Com um ponto cada uma, têm de esperar que os astecas (dois) não vençam Marrocos (seis) e assim sonhar com o segundo lugar ou, pelo menos, qualificar-se como uma das quatro melhores terceiras classificadas do certame.
"Não é todos os dias que se disputa um Espanha-Brasil e com a possibilidade de te qualificares, por isso estou muito entusiasmado com o jogo", disse à AFP o treinador espanhol Francisco Gallardo.
O duelo começa às 21:00 de Lisboa, em Santiago, num jogo em que um empate pode mesmo eliminar ambas as equipas.
"Sabemos que será um grande jogo, um encontro muito difícil, mas estamos concentrados em fazer um grande jogo e avançar para a próxima fase", disse o lateral Léo Derik após um treino antes do duelo com Espanha.
Manter o modelo
Como costuma fazer Espanha, seja nas camadas jovens ou na seleção principal, tem dominado os encontros, mas esse controlo não se tem traduzido em golos.
"Temos vindo a trabalhar com base num modelo de jogo. Não vamos mudá-lo porque foi isso que nos fez chegar aqui", afirmou Gallardo à AFP.
Para o treinador espanhol, que evitou referir-se a uma possível eliminação, seria preocupante que "não tivéssemos ocasiões (...) eu acho que é uma questão de tempo" até marcar golos.
Com a ausência de jovens destaques como Lamine Yamal, Pau Cubarsí ou Dean Huijsen, a Rojita confiará no seu avançado Iker Bravo, que já marcou de penálti no empate alcançado anteriormente.
"Um Mundial é dos torneios mais importantes e preparámo-lo com muita ambição e muita fome. As coisas podem correr melhor ou pior, mas a intensidade e o trabalho não se negoceiam", afirmou à AFP o defesa Izán Merino.
Um Brasil apagado
O Brasil é a segunda seleção com mais títulos do Mundial Sub-20, com cinco consagrações, mas no Chile mal mostrou a sua melhor versão.
Não conta com estrelas como Estêvão ou Endrick, mas também não teve a referência desta seleção: Pedrinho. O avançado só conseguiu autorização do Zenit para participar na segunda ronda.
Na derrota frente a Marrocos, por 2-1, o público local chegou a gritar "olé" cada vez que a seleção africana começava a fazer passes.
"Agora é preciso acalmar e, enquanto houver um mínimo de 1% de possibilidades, continuaremos", afirmou o defesa e capitão brasileiro, Iago Teodoro, após a dolorosa derrota.