Na ausência de Lamine Yamal (18 anos) e Franco Mastantuono, o médio ofensivo está a atrair muita atenção. De baixa estatura (1,68 m, 62 kg), o jogador do Tijuana compensa com a sua capacidade de controlar a bola, driblar e abrir o jogo.
"Não sei se sou a maior estrela, e não estou muito interessado. Acho que sempre se pode dar mais", disse Mora à AFP antes da vitória do México por 4-1 sobre o Chile nos quartos de final na quarta-feira, na qual voltou a ser decisivo.
Apesar de ser um dos jogadores mais jovens, Mora está no caminho certo para ganhar a Bota de Ouro e a Bola de Ouro do torneio. Assim, seguirá os passos do argentino Lionel Messi, que ganhou os dois prémios em 2005.
Esta não é a primeira vez que Mora segue os passos de grandes nomes do futebol. Convocado para a seleção mexicana aos 16 anos e 257 dias para a Gold Cup de 2025 - embora sem as suas estrelas envolvidas no Mundial de Clubes -, tornou-se o jogador mais jovem de sempre a vencer um torneio internacional com a seleção principal.
Ao fazê-lo, ultrapassou o brasileiro Pelé (17 anos e 249 dias no Mundial-1958 na Suécia) e Lamine Yamal (17 anos e 1 dia no Euro-2024).
Rumo à Europa
"Estou muito feliz com o que consegui, mas não me concentro muito nos recordes", disse Mora, que sonha em "ganhar um Mundial" e "ganhar a Liga dos Campeões".
Nascido a 14 de outubro de 2008 em Tuxtla Gutiérrez (sul), Mora é filho de Gilberto Mora Olayo, um antigo futebolista da liga mexicana cuja carreira foi modesta.
Recordista em termos de precocidade, é o jogador mais jovem a ter jogado pelo Tijuana (15 anos, 10 meses e 5 dias em agosto de 2024) e o mais jovem goleador da Liga MX.
Mora pode muito bem seguir os passos de Mastantuono e ir para a Europa - um continente que nem sempre tem sido gentil com os jogadores mexicanos - com a ambição de "ter sucesso lá, não apenas chegar lá".
As suas qualidades já atraíram a atenção do Real Madrid, do Arsenal e do Bayern de Munique, e fizeram com que Mora fosse incluído no grupo de talentos gerido pela superagente brasileira Rafaela Pimenta, que acompanha estrelas como o norueguês Erling Haaland.
Se tudo correr como planeado, Mora poderá fazer um notável hat-trick de participações em Mundiais e, em menos de um ano, tornar-se um dos rostos do Mundial-2026.