Recorde as incidências da partida

Espanha defrontou a Colômbia nos quartos de final do Mundial Sub-20. Na fase anterior, a seleção espanhola tinha eliminado a Ucrânia com um golo solitário do bético Pablo García. O mau início da equipa de Gallardo no torneio parecia já ser coisa do passado.
A Colômbia, adversária dos europeus, terminou em primeiro lugar do seu grupo, com cinco pontos, e chegou aos quartos de final depois de eliminar a África do Sul.
Néiser Villarreal impõe a sua contundência
La Rojita, que atuou como visitada, tomou a iniciativa desde o primeiro momento, mas cedo percebeu qual seria um dos principais obstáculos para abrir o marcador: a falta de ocasiões claras, apesar das longas posses de bola.
A Colômbia, além disso, agradeceu o estilo de jogo espanhol, já que a sua maior virtude residia na potência no contra-ataque.
A primeira ocasião surgiu após uma jogada muito trabalhada, mas o remate do protagonista da primeira parte, Pablo García, acabou mansamente nas mãos de García Jordan.
Uma genialidade do próprio Pablo García abriu o primeiro debate do jogo. O seu toque de calcanhar bateu na mão de um defesa colombiano dentro da área. O corpo técnico espanhol pediu a revisão, mas o árbitro, após consultar o VAR, considerou que a posição era natural e não assinalou penálti.
Quando a Espanha estava melhor, chegou o golo dos sul-americanos. Uma incursão pelo flanco esquerdo expôs Fortea e permitiu à sua estrela, Néiser Villarreal, abrir o marcador.
Os últimos minutos antes do intervalo foram delicados para a Espanha, mas manter o 0-1 acabou por ser uma boa notícia. Fran salvou o segundo com uma grande defesa ao primeiro poste
Villarreal anula Rayane e Virgili
A Colômbia manteve-se fiel ao seu plano: mostrar-se muito física, aproveitar os contra-ataques e ser letal perante Fran.
Parecia impossível que a Espanha desse a volta ao encontro, mas quatro minutos de loucura mudaram o guião.
Fortea redimiu-se do erro cometido na primeira parte, chegando à linha de fundo e encontrando Rayane sozinho dentro da área, que finalizou com qualidade perante o guarda-redes colombiano. A Espanha tinha experimentado ao adversário com a sua própria medicina.
À hora de jogo, Rayane voltou a sacar a varinha mágica habilitando Virgili, que finalizou por cima e assinou um autêntico golaço para colocar o 2-1 no marcador.
No entanto, a alegria durou apenas cinco minutos. Um passe espectacular de Rentería deixou o avançado colombiano isolado, que selou o seu bis e igualou o jogo.
O final foi de cortar a respiração. Os cafeteros estiveram perto do 2-3 na sequência de uma jogada de bola parada. A ocasião, que era muito clara, perdeu-se por cima da barra. Pouco depois, Mella serviu um belo passe a Pablo García que García Jordan defendeu em dois tempos, de forma agónica, retirando a ilusão a La Rojita.
A cinco minutos do fim, Fran salvou a Espanha com uma defesa digna de um guarda-redes espanhol de outros tempos e de Móstoles.
Mas a Espanha acabou por morrer na praia. Néiser Villarreal, que esteve a um nível espectacular, ganhou a Izan Merino e finalizou perante Fran para fazer o 2-3 aos 89 minutos.
A Espanha teve uma última oportunidade: Rayane caiu dentro da área e o árbitro considerou que era penálti. Após uma revisão do VAR, decidiu-se que a falta era fora da área.
