Sem Lamine Yamal, Franco Mastantuono, Désiré Doué ou algum outro dos jovens mais cobiçados do planeta, arranca este sábado o Mundial sub-20 no Chile. O futebol prepara-se para assistir ao nascimento dos seus futuros ídolos.
Ainda está fresca na memória a presença de jogadores como Iker Casillas, Xavi, Lionel Messi, Paul Pogba ou Luis Suárez a disputar um sub-20 rumo à glória.
Mas agora são cada vez mais os jogadores que brilham muito cedo, tornando o campeonato mundial da categoria um percurso do qual as novas gerações podem prescindir.
Com 18 anos, o espanhol Lamine Yamal (Barcelona), o argentino Mastantuono (Real Madrid) e o brasileiro Estêvão (Chelsea) já brilham na Europa, uma lista à qual se juntam nomes como o francês Doué (Paris Saint-Germain), aos 20 anos. Ainda com idade para disputar este Mundial, os seus clubes recusaram-se a cedê-los.
"Se depender de nós, fica connosco", sentenciou Xabi Alonso, técnico do Real Madrid, ao ser questionado pela imprensa sobre uma eventual chamada do extremo argentino.
Dos 100 mais cotados, nenhum
Os adeptos também vão sentir falta do italiano Giovanni Leoni (Liverpool), dos franceses Leny Yoro (Manchester United), Warren Zaïre-Emery (PSG) e do brasileiro Endrick (Real Madrid).
E aqui está o dado que talvez melhor resuma este torneio: nenhum futebolista da lista dos 100 jovens mais caros do planeta, publicada pelo site especializado Transfermarkt, estará no torneio que terá lugar entre 27 de setembro e 19 de outubro no Chile.
Como também não estará o Uruguai, atual campeão, que não poderá defender a coroa após não se apurar no Campeonato Sul-Americano de 2025.
O Chile será a vitrine para estrelas em ascensão como o brasileiro Pedrinho, o argentino Ian Subiabre, o espanhol Jan Virgili ou o mexicano Gilberto Mora.
A seleção anfitriã vai inaugurar a competição no sábado frente à Nova Zelândia, num Grupo A que também terá Japão e Egito.
O grupo da morte será o C, com o Brasil, cinco vezes campeão; Espanha, vencedora em 1999; além do México, vice-campeão em 1977, e Marrocos.
A Argentina, rainha das seis coroas, estreia-se no domingo diante de Cuba, para depois jogar contra Austrália e Itália no grupo D.
A França animará o Grupo E, em que enfrentará os Estados Unidos, África do Sul e a estreante Nova Caledónia.
E o Brasil e a Argentina?
A Argentina chega ao Chile sem o seu ás, o médio ofensivo Claudio "Diablito" Echeverri, do Bayer Leverkusen, que se destacou no Campeonato Sul-Americano de 2025 ao marcar seis golos.
No seu lugar, espera-se que Ian Subiabre seja a principal carta goleadora. O canhoto do River Plate é um extremo rápido e driblador, que já chamou a atenção de clubes europeus como Barcelona, Inter de Milão e Chelsea.
O Brasil, sem Endrick nem Estêvão, centra as suas opções em Pedrinho, do Zenit de São Petersburgo, e Deivid Washington, do Santos.
Espanha é a seleção com mais baixas
Além de Lamine Yamal, também não poderá contar com Pau Cubarsí e Dean Huijsen, defesas do Barcelona e Real Madrid, nem com o extremo Jesús Rodríguez, do Como, ou o lateral-direito Álex Jiménez, que joga no Bournemouth.
O ataque espanhol será liderado pelo avançado da Udinese Iker Bravo e pelo extremo Jan Virgili, que saiu este verão da equipa juvenil do Barcelona para se juntar ao Maiorca.