Bellingham voltou a ser chamado por Tuchel para os últimos jogos de qualificação para o Mundial-2026, frente à Sérvia e Albânia, esta semana, depois de ter ficado de fora da última convocatória internacional, em outubro.
O jogador, de 22 anos, tinha acabado de recuperar de uma cirurgia ao ombro quando Tuchel optou por não o chamar para os encontros frente ao País de Gales e Letónia, no mês passado, o que permitiu a Morgan Rogers, do Aston Villa, destacar-se na posição de médio ofensivo com Inglaterra.
As excelentes exibições de Rogers colocaram Tuchel perante um dilema interessante para o Mundial do próximo ano, nos Estados Unidos, Canadá e México.
"Em vez de tentar encaixar os melhores jogadores só para os ter em campo, talvez seja preferível colocar cada um na sua posição ideal e promover a concorrência", afirmou Tuchel aos jornalistas esta quarta-feira, quando questionado se tentaria incluir ambos os jogadores no seu onze.
"Neste momento, a disputa é entre os dois. São amigos, por isso é uma rivalidade saudável. Não precisam de ser inimigos nem de se detestar. Respeitam-se e lutam pelo mesmo lugar. Podem jogar juntos? Sim, mas com uma estrutura diferente, e agora não é altura de mudar o sistema", acrescentou o treinador.
O regresso de Bellingham acontece depois de Tuchel ter sido obrigado a pedir desculpa no início da época por ter dito que a mãe do médio considerava "repulsivas" algumas das suas atitudes em campo.
"Os padrões estão definidos"
Thomas Tuchel, que também voltou a chamar Phil Foden após o ter deixado fora das últimas três convocatórias de Inglaterra, garantiu que tanto Bellingham como o jogador do Manchester City parecem satisfeitos por regressar ao grupo.
No entanto, deixou claro que o bom desempenho de Inglaterra sem Bellingham e Foden mostra que nenhum deles tem o lugar garantido na equipa.
"Foi positivo ter Bellingham de volta. O ambiente nos últimos dois dias tem sido bom e todos estão contentes por estar na concentração", disse Tuchel.
"É sempre bom ter o Phil por perto, é um rapaz simpático e, tal como o Jude, faz parte deste grupo e está feliz por estar aqui. Espero que mostrem o que podem acrescentar. Que se integrem rapidamente no grupo e, porque haveria de ser desconfortável para eles? Mantivemos o nível e os padrões sem eles. Temos a obrigação de manter os nossos próprios padrões e construir o que for possível. Agora que regressaram, é responsabilidade deles contribuir e é isso que estão a fazer. Os padrões estão definidos", afirmou o selecionador inglês.
Inglaterra, vencedora do Grupo K, garantiu o apuramento para o Mundial com uma goleada por 5-0 frente à Letónia, em outubro.
Tuchel venceu sete dos seus oito jogos, incluindo seis partidas de qualificação para o Mundial sem sofrer qualquer golo.
Depois de receber a Sérvia, na quinta-feira, e visitar a Albânia no domingo, Tuchel só terá mais dois amigáveis em março antes de anunciar a lista final para o Mundial-2026.
Independentemente de quem venha a integrar o grupo para o torneio, o antigo treinador do Chelsea e do Bayern Munique está satisfeito com a união que conseguiu criar em menos de um ano ao comando.
"O nosso objetivo é construir uma ligação forte, criar energia, formar uma equipa, uma irmandade à qual todos queiram pertencer e também gerar uma concorrência em que todos saibam que, se relaxarem no momento errado, a porta pode fechar-se porque outro ocupará o seu lugar", explicou.
"Não é uma ameaça, muito pelo contrário. Estamos no caminho certo. Todos quiseram estar na concentração. Todos estavam ansiosos por vir. É uma energia que se alimenta a si própria e, neste momento, é aqui que estamos", concluiu.
