“O Mundial é um daqueles torneios que mal posso esperar. Em 2026, vai ser um evento incrível. Os Países Baixos sentem falta de um jogador-chave, nesta altura, apesar de haver muito talento. Portugal também tem muito talento, mas, para se ganhar um Mundial, acho que é preciso um fator extra”, afirmou, na Web Summit.
Numa sessão de perguntas e respostas durante a cimeira tecnológica, em Lisboa, Tim Krul, que encerrou a sua carreira de futebolista há cerca de dois meses, falou sobre o Mundial-2026 e lembrou jogos contra Portugal e, ainda, Cristiano Ronaldo.
“Ronaldo é um daqueles jogadores de topo. É fantástico jogar contra os melhores do mundo, mas é também muito complicado. Lembro-me de estar no Norwich e, num jogo, fiz muitas defesas, mas ele teve apenas um momento em que mostrou o seu brilhantismo. É por isso que continua a jogar, não ao mais alto nível, mas foi tão influente para a modalidade durante imenso tempo”, sublinhou o neerlandês.
Tim Krul, de 37 anos, jogou 18 épocas em Inglaterra, destacando-se sobretudo ao serviço do Newcastle, onde jogou 11 anos, mas também por Luton Town, Norwich City, Brighton e Carlisle United, jogando igualmente por AZ Alkmaar, Ajax e Falkirk.
Atualmente, concluída a carreira, o internacional neerlandês em 15 ocasiões está integrado na direção da Associação de Futebolistas Profissionais de Inglaterra, o que o faz ter voz ativa em certos problemas, como no calendário sobrecarregado.
“Há cada vez mais torneios e os atletas precisam de combater isso. Toda a gente quer ver mais jogos, mas necessita de ser de forma controlada. Há muitas lesões e todos querem ver os melhores talentos dentro de campo. É inevitável quando se tem apenas duas semanas de descanso ao ano. É fundamental que os jogadores estejam sentados na mesa onde as decisões são tomadas”, sentenciou Tim Krul.
Durante a conversa, Tim Krul recordou um dos principais momentos da carreira, quando, no Mundial-2014, no Brasil, o habitual suplente de Jasper Cillessen foi a jogo aos 120 minutos nos quartos de final contra a Costa Rica, numa decisão que, na altura, foi muito polémica, mas que se revelou acertada por parte de Louis van Gaal, pois foi herói nas grandes penalidades e levou os Países Baixos às meias.
Nesta edição da Web Summit, que decorre até 13 de novembro, encontram-se mais de 70.000 participantes, acima de 2.500 startups a exibir os seus produtos e serviços e mais de 1.000 investidores.
A Web Summit começou em Lisboa em 2016 e a sua realização está garantida até 2028.
