Rodrigo Mora (autor do primeiro golo de Portugal):
“Não é muito comum da minha parte fazer golos de cabeça, mas apareci no momento certo. Foi uma grande bola do Geovany Quenda e só tive de meter a cabeça. Foi um bom trabalho da equipa.
(Assistência para o segundo golo) Dou mais à equipa se jogar aí (mais perto da baliza adversária). É onde eu jogo melhor e consegui fazer uma assistência. O Roger Fernandes precisava de marcar este golo.
Somos todos líderes na seleção. Houve um momento em que a Escócia estava por cima (no final da primeira parte) e tínhamos de ‘respirar’ com bola. Foi o que aconteceu. No segundo tempo, voltámos fortes e conseguimos fazer o 2-0.
O objetivo era vencer os dois jogos. Vamos ter mais e há que continuar a ganhá-los”.
Roger Fernandes (autor do segundo golo de Portugal):
“Queria dedicar o golo a uma pessoa especial (o ex-avançado internacional português Diogo Jota, falecido em julho, aos 28 anos), que carregou muitas vezes este número (21) na seleção e já não está entre nós. Dedico este golo a essa pessoa especial. Foi muito especial a estreia a marcar (no escalão). O meu desejo passa há muito tempo por representar o país e fazer golos.
(Mudança do SC Braga para os sauditas do Al Ittihad) Estou muito feliz. A minha vida é um desafio. Saí muito cedo da Guiné-Bissau para Braga. Agora, vou para um novo desafio, que faz parte da minha vida e carreira. Acho que estou sempre pronto e vou sentir muita saudade do Sporting de Braga, mas faz parte”.
Diego Rodrigues (jogador de Portugal):
“Controlámos o jogo por completo. Até à expulsão (de Mateus Fernandes, na segunda parte), fomos superiores, criámos muitas oportunidades e fizemos golos. O Rodrigo Mora marcou de cabeça e até agora ainda não percebi como é que isso aconteceu (risos). Correu bem, fomos superiores e a vitória foi justa.
(Estreia no escalão) Era uma missão que tinha há bastantes anos. Quando era mais novo, olhava muito para os sub-21 e queria chegar a este patamar. Foi a primeira vez e espero que tenha sido a primeira de muitas.
Estava um bocadinho ansioso. É normal por ser a primeira vez. Mas, a partir do momento do hino e em que o árbitro apitou para começar o jogo, isso ficou tudo de parte e estava só preocupado em dar o meu melhor pela equipa.
Luís Freire (selecionador de Portugal):
“Sabíamos que o grau de dificuldade ia aumentar e estivemos bem com bola até ao primeiro golo. Nem sempre a criar perigo, mas bem montados a nível defensivo. Ofensivamente, conseguimos dominar e recuperar rápido a bola. Para segundo jogo, entramos bem fora de casa.
O primeiro golo resulta de uma bela jogada, na qual conseguimos meter muita gente na área e o Rodrigo Mora marcou de cabeça. A partir daí, a Escócia reagiu com muito jogo direto, segundas bolas e ataques à profundidade, obrigando, por vezes, a nossa linha defensiva a baixar um pouco. Eles tiveram uma boa oportunidade para marcar, mas procurámos sempre estar mais por cima com bola.
Acabámos a primeira parte um pouco esclarecidos na construção e entrámos bem no segundo tempo. Até à expulsão do Mateus Fernandes, fizemos uma boa segunda parte. O segundo golo nasce da nossa pressão alta e aproveitámos um erro cometido pelo adversário. Estávamos a gerir bem a bola e perto de chegar mais vezes à área deles, mas podíamos ter sido mais esclarecidos para tentar o terceiro golo.
Ficámos com menos um e tivemos de sofrer um pouco no fim. Os jogadores deram tudo. A linha defensiva esteve muito segura, capaz de gerir duelos e profundidade e compacta. Quem entrou, teve de se sacrificar pela equipa e eu vi isso. O grupo deu uma boa resposta e é mais uma vitória, que nos assenta muito bem e é a segunda.
(Expulsão de Mateus Fernandes) Foi uma situação com bola, em que ele acaba por adiantá-la e depois chega atrasado. É o que é, mas quem entrou deu boas respostas. Deu gosto trabalhar com estes rapazes. Há que dar os parabéns aos clubes que apostam nesta juventude. O mérito é dos clubes e dos seus treinadores.
(Próximo estágio em outubro) Conseguimos juntar este grupo e vamos continuar atentos aos jogos nacionais e internacionais. Tivemos muita gente a estrear-se e a revelar-se, o que é bom sinal. Vamos continuar atentos ao trajeto de quem está e não está aqui”.