"Apesar de todos os adeptos terem direito à sua opinião sobre o desempenho e o resultado, não concordo nem penso que seja correto atacar a aparência ou a raça de alguém", afirmou Carter numa longa declaração no Instagram.
"Estou a tomar esta medida para me proteger, numa tentativa de manter o meu foco em ajudar a equipa de qualquer forma que possa. Espero que falar faça com que as pessoas que estão a escrever este abuso pensem duas vezes para que outros não tenham de lidar com isso", acrescentou.
A jogadora de 27 anos foi titular em todos os quatro jogos de Inglaterra no torneio, e a próxima partida será contra a Itália, nas meias-finais, na terça-feira, em Genebra.
"Fizemos mudanças históricas com este plantel das Lionesses, do qual tenho muito orgulho em fazer parte, e a minha esperança é que, ao falar sobre este assunto, se faça outra mudança positiva para todos", referiu.
O diretor executivo da Federação Inglesa de Futebol, Mark Bullingham, condenou os abusos.
"A nossa prioridade é a Jess e dar-lhe todo o apoio de que necessita", afirmou Bullingham em comunicado. "Condenamos veementemente os responsáveis por este racismo repugnante", acrescentou.
Bullingham disse que a Federação Inglesa de Futebol tem estado em contacto com a polícia britânica, que está em contacto com a plataforma de redes sociais relevante.
"Estamos a trabalhar com a polícia para garantir que os responsáveis por este crime de ódio sejam levados à justiça", afirmou.
"Lamentavelmente, esta não é a primeira vez que isto acontece a uma jogadora da Inglaterra, pelo que tomámos medidas que nos permitem responder rapidamente e, sempre que possível, fornecer informações para apoiar qualquer potencial ação policial", concluiu.