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Europeu Feminino: Sarina Wiegman admite alívio com a presença de Inglaterra na final

A festa das jogadoras de Inglaterra
A festa das jogadoras de InglaterraMiguel MEDINA / AFP

A treinadora da Inglaterra, Sarina Wiegman, disse que sentiu "muitas emoções" depois de a sua equipa ter conseguido outra reviravolta dramática, para vencer a Itália no prolongamento, na terça-feira, e chegar à final do Europeu feminino.

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"Sinto novamente muitas emoções. Sinto alívio, sinto-me feliz - parece um pouco surreal, mas estamos aqui e vamos à final", disse Wiegman após a vitória por 2-1 em Genebra, garantida graças a um golo de Chloe Kelly aos 119 minutos.

A Itália esteve a segundos de uma vitória surpreendente sobre as campeãs em título e de um lugar na final, já que liderava nos descontos, graças ao golo de Barbara Bonansea aos 33 minutos.

Mas a suplente Michelle Agyemang empatou para a Inglaterra no sexto minuto dos descontos para forçar o prolongamento, antes de Kelly - que também tinha saído do banco - marcar o golo decisivo, após o seu penálti ter sido defendido, quando se avizinhava uma nova decisão por penáltis.

"Parece mesmo um filme. Quando acaba assim, estou a gostar, mas foi um pouco dramático", sorriu Wiegman.

A sua equipa já tinha conseguido uma reviravolta impressionante contra a Suécia, nos quartos de final, quando estava a perder por 2-0, mas dois golos de Lucy Bronze e Agyemang no espaço de três minutos forçaram o prolongamento e a equipa acabou por avançar nos penáltis.

"Sabemos que, com as jogadoras que temos no plantel, podemos sempre marcar mais golos, porque já o demonstrámos várias vezes", acrescentou Wiegman.

"No final, conseguimos marcar e, depois do prolongamento, conseguimos o penálti. Tivemos um pouco de sorte em marcar na segunda fase, mas estamos apuradas", explicou.

Três seguidas

A Inglaterra, que viu a extremo Lauren James sair ao intervalo, com uma lesão no tornozelo, irá agora para Basileia para a final no domingo contra a Espanha ou a Alemanha - que se defrontam na sua meia-final esta quarta-feira.

Será a terceira final consecutiva de um grande torneio para as Leoas, que venceram a Alemanha no prolongamento, na final do Euro-2022, em Wembley, e depois perderam para a Espanha no jogo decisivo do Campeonato do Mundo do ano seguinte, em Sidney.

"É o que acontece quando uma grande equipa se junta e faz as coisas acontecerem - três finais consecutivas a jogar sob o comando de uma treinadora inacreditável, Sarina", disse Kelly, a avançada do Arsenal que marcou o golo da vitória na final do Euro-2022.

"É incrível fazer parte desta equipa especial. Estou muito orgulhosa. Não posso acreditar no que acabou de acontecer. A confiança no plantel, a resiliência e a união deste grupo são muito especiais", confessou.

Entretanto, o treinador italiano Andrea Soncin disse que estava orgulhoso da sua equipa, apesar da agonia de ver as Azzurre ficarem a um passo de chegar a uma primeira final desde o Euro de 1997.

"Dói, mas estamos muito orgulhosos por tudo o que fizemos", disse Soncin, que assumiu o comando da equipa em 2023 e está agora de olho no Campeonato do Mundo de 2027.

"O facto de termos ficado a apenas um minuto da final pode ser encorajador para nós. Vamos precisar de alguns dias para ultrapassar este momento amargo, mas vamos continuar a crescer, e o nosso objetivo futuro é ir ao Campeonato do Mundo no Brasil, por isso já estamos ansiosos", acrescentou.