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Europeu Feminino: Selecionador italiano confiante nas "armas para vencer" a Inglaterra

Cecilia Salvai, o treinador Andrea Soncin e Eleonora Goldoni festejam após vencerem a Noruega
Cecilia Salvai, o treinador Andrea Soncin e Eleonora Goldoni festejam após vencerem a NoruegaReuters / Bernadett Szabo

A Itália passou com dificuldade pela fase de grupos, em que defrontou Portugal, e precisou de um golo no último minuto para derrotar a Noruega nos quartos de final, mas o selecionador Andrea Soncin acredita que a equipa tem tudo o que é preciso para vencer a atual campeã Inglaterra na meia-final do Euro-2025 feminino, na terça-feira.

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Soncin e a sua equipa falaram dos grandes sonhos neste torneio e de como a superação das adversidades os aproximou, e estão confiantes de que podem vencer a equipa de Sarina Wiegman e garantir uma primeira presença na final desde 1997.

"Temos estado muito bem neste evento. Há muita coragem, consciência e serenidade. Isso é o que nos acompanhou durante todo o evento. Estamos convencidos de que temos as armas para vencer o jogo e temos o maior respeito pela qualidade das jogadoras inglesas e pela sua experiência internacional", disse Soncin aos jornalistas na segunda-feira.

A Inglaterra sobreviveu a uma disputa de penáltis que viu apenas cinco das 14 cobranças convertidas ao vencer a Suécia por 3-2 nos quartos de final, e Soncin disse que era virtualmente impossível reproduzir a pressão de um desempate nos treinos.

"Não creio que haja uma forma específica de treinar os penáltis numa sessão de treino, porque há o aspeto emocional e também o aspeto físico que entram em jogo, mas sobretudo o aspeto emocional, que não é o mesmo durante uma sessão de treino. Claro que nós, como toda a gente, tentamos treinar também os penáltis para estarmos preparados para tudo. O nosso objetivo é chegar à final", explicou.

Soncin e a defesa italiana Cecilia Salvai, que também estive presente na conferência de imprensa, ofereceram o seu apoio à inglesa Jess Carter, que se retirou das redes sociais devido ao abuso racial de que foi alvo durante o torneio.

"É uma campanha cultural (contra o racismo), uma batalha cultural que temos de travar todos juntos. Não sei se o facto de nos ajoelharmos é suficiente para mudar esta situação, mas com certeza que há solidariedade máxima da nossa parte, estamos prontos a participar em qualquer campanha para evitar este abuso", disse Soncin.

"Espero que ela possa jogar este jogo a 100 por cento, porque é uma meia-final, por isso espero que ela possa tentar distanciar-se um pouco deste episódio. É claro que ela não é a primeira vítima deste abuso e nós temos a maior solidariedade para com ela", acrescentou Salvai.

A Alemanha defronta a Espanha na outra meia-final, na quarta-feira.