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Jovem chinesa fã de Messi percorre a Argentina até encontrar o adepto que a defendeu

Messi numa partida da Argentina
Messi numa partida da ArgentinaLUIS ROBAYO / AFP

Uma jovem chinesa fã de Lionel Messi viajou duas vezes à Argentina, percorrendo estádios e províncias nos quatro pontos cardeais do país até encontrar o herói anónimo que a defendeu na final da Copa América de 2024.

Ailing Hou, de 24 anos, mudou-se no ano passado para Miami para ver a Albiceleste de Messi vencer a Colômbia por 1-0 na final do torneio americano, que foi disputada em 14 de julho de 2024.

Mas no duelo pelo título, cujo início foi adiado devido a incidentes a envolver adeptos colombianos, um grupo de adeptos cafeteros alegadamente assediou-a com insultos racistas e quis tirar-lhe o lugar no estádio Hard Rock.

Um adepto argentino defendeu-a e depois desapareceu no meio da multidão, embora antes tenham tirado uma foto juntos.

A forma da Argentina
A forma da ArgentinaFlashscore

Hou, que reside em Pequim, quis desde então agradecer-lhe pessoalmente o gesto de ajuda, segundo relata o jornal local Clarín. Por isso viajou em março e julho à Argentina.

Percorreu as províncias de Mendoza, Salta, Tierra del Fuego e Córdoba para "estudar alguns traços dos rostos, conforme as cidades", e determinar de onde poderia ser o desconhecido que a ajudou. Também esteve em Buenos Aires.

A jovem percorreu vários estádios de futebol locais com uma carta e uma foto do simpático adepto e até foi à Associação do Futebol Argentino (AFA).

"Fiquei gelado"

Chegou a contactar, sem sucesso, jornalistas desportivos argentinos na procura pelo seu defensor, que, na véspera do jogo em Miami, enfrentou quatro pessoas que queriam tirar os lugares de Hou e de uma amiga.

A sua aventura chegou à imprensa. "Pretendiam que nos cansássemos e fôssemos embora para ficarem com os nossos lugares. Estavam com bebidas, provavelmente bêbados", contou Hou ao Clarín na semana passada.

O herói anónimo confrontou verbalmente os agressores e conseguiu que deixassem Hou e a amiga em paz, acrescentou a chinesa. Não trocaram nomes e depois não se viram mais.

Após a intensa busca, finalmente foi o argentino Antonio Villalón, de 17 anos, quem contactou Hou após se reconhecer numa foto do Instagram da jovem asiática publicada no artigo do Clarín.

"Ela disse que gostaria de me convidar para a China, o que me deixou gelado", contou Villalón num segundo artigo publicado no jornal nesta quarta-feira.

Ainda não se reencontraram pessoalmente.