"Tudo mudou. Se o Christian tivesse falecido, eu não teria jogado mais. Percebi que o futebol é futebol e a vida é vida. O futebol é trabalho e paixão, a vida é outra coisa", atirou Simon Kjaer.
O capitão dinamarquês assistiu ao momento em que o antigo jogador do Tottenham caiu em campo e ficou de braço dado com Thomas Delaney e Yussuf Poulsen, de frente para Christian Eriksen , enquanto este recebia assistência médica. Mais tarde, Simon Kjaer ajudou a confortar a namorada de Eriksen, Sabrina Kvist Jensen.
Por vezes, algumas das emoções do trauma vivido por Simon Kjaer naquela noite voltam à superfície, conta o antigo jogador defensivo do AC Milan. Foi o que aconteceu há poucos dias, quando o seu filho participou num jogo de futebol em que outro rapaz partiu o pulso e uma ambulância entrou diretamente no relvado.
"Senti-me desconfortável. Mas enquanto o Christian estiver bem, eu também estou bem. Explicaram-me que, com o trauma, há coisas que se recordam e outras que não", diz o antigo capitão dinarmquês.
Kjaer revela ainda que aprendeu a lidar com o trauma e que não pensa nisso todos os dias. Admitiu também que nunca voltou a ver imagens do incidente.
O defesa dinamarquês terminou a carreira em janeiro deste ano, aos 35 anos, após o seu contrato com o AC Milan ter expirado em julho de 2024. Referiu que foi o momento certo para pendurar as botas e que não iria assinar por outro clube, apesar de ter recebido propostas.
Christian Eriksen, atualmente com 33 anos, continua a ser uma peça fundamental na seleção dinamarquesa, que esta noite pode dar mais um passo rumo à qualificação para o Mundial do próximo ano, caso vença Bielorrússia em casa, em Copenhaga.
