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Francesco Calzona, treinador da Eslováquia, espera evitar a Itália no sorteio do Euro-2024

Calzona levou a Eslováquia à sua terceira participação consecutiva na fase final do Europeu
Calzona levou a Eslováquia à sua terceira participação consecutiva na fase final do EuropeuReuters
Francesco Calzona passou de vendedor de café a treinador da Eslováquia na fase final do Euro 2024. No sorteio deste sábado, o treinador espera evitar a Itália, o seu país natal, pelo menos até à fase a eliminar.

A Eslováquia de Calzona está no Pote 3 do sorteio, acima da atual campeã Itália no Pote 4, mas ele preferia não ser sorteado no mesmo grupo que a equipa de Luciano Spalletti, um treinador com quem já trabalhou anteriormente.

"Gostaria de evitar a Itália na fase de grupos, pois é um adversário forte e dirigido por um dos melhores treinadores do mundo", disse Calzona à Reuters.

"Talvez depois da primeira ronda, isso significaria que conseguimos mais um feito", sublinhou.

O italiano já desafiou as expectativas, ao levar a Eslováquia à fase final do Euro-2024. Calzona assumiu o cargo em 2022, no final de uma campanha na Liga das Nações que os viu terminar em terceiro lugar no grupo da Liga C.

"Juntar 25-30 jogadores de pelo menos 11 ou 12 campeonatos diferentes, com papéis e mentalidades diferentes, foi a parte mais difícil", explicou Calzona.

"Conseguir que todos pensassem da mesma forma, e num curto espaço de tempo, foi muito difícil", acrescentou.

Num grupo de qualificação para o Euro, que incluía Portugal, Luxemburgo, Islândia, Bósnia-Herzegovina e Liechtenstein, a Eslováquia terminou em segundo lugar, cinco pontos à frente do Luxemburgo, tendo perdido apenas dois jogos, ambos contra Portugal.

"Houve uma grande química entre todos os componentes, a federação, o staff e os jogadores, fizemos um bloco único com o objetivo de derrubar as previsões que não nos viam como favoritos", disse Calzona.

"Estou muito feliz, obviamente, mas estou feliz acima de tudo pelo povo eslovaco e pela federação", acrescentou.

A conquista de Calzona é ainda mais notável porque este é o seu primeiro papel como treinador, tendo passado a sua carreira como adjunto.

Trabalhou com Maurizio Sarri em oito clubes diferentes, incluindo Empoli e Nápoles, e Calzona regressou ao Nápoles em 2021 como adjunto do atual selecionador italiano, Luciano Spalletti.

Calzona estava feliz por estar de volta ao Nápoles, mas quando a Eslováquia o chamou, decidiu que era altura de correr o risco de avançar sozinho.

"Adoro desafios difíceis, a zona de conforto não é para mim. Gosto de sentir a adrenalina, não podia saber como ia correr, mas valeu a pena", disse o treinador de 55 anos.

Francesco Calzona com Marek Hamsik no treino da equipa nacional
Francesco Calzona com Marek Hamsik no treino da equipa nacionalProfimedia

A oportunidade de dirigir a Eslováquia surgiu através de um ex-jogador do Nápoles, Marek Hamsik, com o jogador com mais jogos pelo país, e melhor marcador de sempre, a sugerir o seu nome à federação.

"O Marek telefonou-me a perguntar se eu estava interessado numa entrevista com a federação. Ele pôs-me em contacto com eles, encontrámo-nos, falámos e conhecemo-nos, e depois ofereceram-me o contrato. O Nápoles era a minha zona de conforto, onde era respeitado por todos e não me faltava nada, mas, como já disse, gosto de desafios", explicou Calzona.

Esta será a terceira participação consecutiva da Eslováquia na fase final do Euro, e o próximo desafio de Calzona é tentar chegar aos oitavos de final, como aconteceu em 2016.

"A única coisa que posso dizer é que jogaremos sempre para ganhar, e se isso não acontecer será apenas porque os adversários serão melhores do que nós", disse o italiano.

O percurso de Calzona foi longo e improvável, desde o tempo em que era vendedor de café, há 20 anos, até se tornar num treinador de futebol internacional.

"Foi um período fascinante, que me fez compreender muitas coisas, uma experiência fantástica que recordo com muito gosto. Ainda há clientes que me ligam a pedir café", confessou.