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Adelardo Rodríguez, Luis Aragonés, Fernando Torres, Gabi, Godín ou o próprio Diego Pablo Simeone, entre outros, são algumas das lendas que deixaram a sua marca na história do Atlético de Madrid. Mas falar do Atleti é falar de Koke Resurrección, o seu capitão, que encarna a essência e os valores do conjunto colchonero.
O médio vai somar mais um marco à sua longa carreira como rojiblanco e, frente ao Getafe, chegará aos 700 jogos pelo clube da sua vida. Estes dividem-se em 497 na LaLiga (incluindo o deste domingo), 106 na Liga dos Campeões, 56 na Taça do Rei, 28 na Liga Europa, um na fase preliminar, sete na Supertaça de Espanha, três no Mundial de Clubes e dois na Supertaça Europeia. É o maior representante do clube nesta estatística.
Uma estreia em grande
Um jovem da formação de 17 anos foi-se impondo na equipa principal na época 2009/10. Numa posição diferente daquela que viria a ocupar ao longo da carreira, mais encostado à ala e desempenhando o papel de interior, Koke estreou-se na equipa principal do Atleti a 19 de setembro de 2009.
Pelas mãos de Abel Resino, o então 26 da equipa entrou em campo frente nada mais nada menos do que o Barcelona. O resultado não foi o desejado, já que o Atlético perdeu por expressivos 5-2, mas nesse dia começou o percurso de uma futura lenda e capitão do clube dos seus sonhos.
A estreia em casa, no Vicente Calderón, aconteceu poucos dias depois, na 4.ª jornada do campeonato, frente ao Almería. No entanto, para a primeira titularidade foi preciso esperar até à última jornada dessa temporada, precisamente frente ao Getafe, onde acabou por disputar os seus primeiros 90 minutos completos.
O primeiro golo surgiu em 2010/11, já com Quique Sánchez Flores no banco e na receção ao Sevilha de Gregorio Manzano. Koke foi titular e marcou o golo do 1-1 aos 47 minutos. Aos poucos, o jovem da formação foi escrevendo a sua história até aos dias de hoje, onde soma um registo de 415 vitórias (59,37%), 150 empates (21,46%) e 134 derrotas (19,17%). Soma ainda 48 golos e 114 assistências.
Koke, o alter ego de Simeone
A carreira de Koke no Atlético de Madrid está profundamente ligada à figura de Cholo Simeone. O Cholo tornou-se treinador do conjunto rojiblanco em dezembro de 2011 e a sua estreia foi a 7 de janeiro frente ao Málaga. Nessa ocasião, o médio não participou no jogo, mas foi-se tornando, pouco a pouco, numa peça fundamental para o seu treinador.
Dos 755 jogos que o argentino dirigiu até ao momento, o 6 esteve presente em 662, ou seja, 87,68% de todos os compromissos em que o Cholo orientou os rojiblancos. E em 587 foi titular. Números que demonstram a importância de Koke tanto para o clube como para o treinador, até para lá das quatro linhas, sendo uma referência no balneário e na estrutura colchonera.
Se Cholo Simeone é o treinador mais titulado da história do Atleti, foi com ele que Koke conquistou todos os troféus que soma como rojiblanco ao longo da carreira. O seu palmarés inclui 2 Ligas Europa (2012 e 2018), 2 Supertaças Europeias (2012 e 2018), 2 Ligas (2014 e 2021), uma Taça do Rei (2013) e uma Supertaça de Espanha (2014).
Papel diferente, o mesmo rendimento e paixão
Com o passar das épocas, Koke foi ganhando a importância e liderança necessárias para ser o capitão de um clube como o Atlético. No entanto, inevitavelmente, também foi perdendo protagonismo nos esquemas do Cholo. Sem queixas e com trabalho, o 6 aceitou o novo papel e passou a jogar menos minutos do que estava habituado e gostaria de jogar.
Apesar disso, o jogador continua a ser uma peça importante para Simeone, que deposita muita confiança nele. Por exemplo, desde que Koke completou 30 anos, o Atlético disputou 202 jogos oficiais e ele participou em 175 (86,63%), dos quais foi titular em 141.
Nesta temporada, devido a algumas necessidades da equipa provocadas por lesões, Koke já participou em 15 jogos, sendo titular em 11 deles. Além disso, já soma 2 assistências. Longe de ser apenas uma solução de recurso, o seu rendimento tem estado à altura, ao ponto de se dizer que o Atleti joga melhor quando ele está em campo.
Koke está entre os 10 jogadores de campo com mais minutos esta época (8.º, 962). Além disso, é, a seguir a Oblak, o jogador que mais passes longos completos tem (53) e o segundo com mais passes bem-sucedidos (792). Lidera ainda os passes bem-sucedidos para o último terço, com um total de 111.
No capítulo defensivo, é o terceiro jogador com mais recuperações no meio-campo adversário (38) e um dos que mais recuperações faz no geral (81). Mais um marco na história do capitão colchonero, que continua a escrever páginas douradas no clube da sua vida.
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