Ter um avançado capaz de viver num constante casamento com as redes da baliza adversária é uma garantia para qualquer candidato à descida de divisão, e essa é a grande sorte de um Levante que está fora dos lugares de descida graças a um saldo de oito pontos em 24 possíveis, dois a mais do que o Girona, que continua na zona vermelha apesar da vitória em casa. Nenhuma das equipas recém-promovidas está entre os três últimos classificados, embora o Oviedo tenha despedido Paunovic igualmente.
O nome de Eyong começou a soar com força nesta temporada, com um rendimento inesperado que já pôs em alerta diretores de grandes clubes. No entanto, convém recordar que se estreou no campeonato nacional durante a fase final da época passada, na qual deu um triunfo à equipa amarela com um belo golo em Montilivi depois de ter entrado em campo a cinco minutos dos 90'.
Chegar e marcar
"Estou muito contente, a verdade. Tenho muita ilusão de começar esta nova etapa nesta equipa. Quero ajudar os colegas e o clube. Vou dar o melhor de mim tanto dentro como fora para poder ganhar cada jogo. Granotas, vemo-nos no campo", disse Etta aos meios oficiais do clube uma vez concretizada a sua estranha contratação, que tem bastante letra pequena devido à participação do Cádiz nos direitos económicos do jogador.
Dito e feito: o avançado prometeu que ia dar o máximo em campo e não faltou à sua palavra. Os números não deixam margem para dúvidas, já que foi capaz de intervir em até oito golos no que vai de temporada, sem ser necessário qualquer período de adaptação após aterrar de repente num plantel com um objetivo muito diferente do dos groguets e sem a melodia da Liga dos Campeões a entrar-lhe pelos ouvidos.
O prémio da seleção
Chama a atenção que Etta tenha sido quase um fantasma na sua seleção nacional. Nem sequer tinha tido protagonismo nas camadas jovens, para além de algumas convocatórias pela sub-23. Pela principal, no entanto, não tinha ido em nenhuma ocasião até este 8 de outubro, data em que finalmente pôde estrear-se. Os seus venceram por 0-2 a Mauritânia e ele foi titular num ataque ao lado de Choupo-Moting e Bryan Mbeumo.
A sua progressão é meteórica e não parece ter volta atrás, o que leva a pensar que estará na lista definitiva de Camarões para disputar a Taça das Nações Africanas entre dezembro (arranca no dia 21) e janeiro do próximo ano. No pior dos casos, se o país com capital em Iaundé chegar à final, o clube do Ciutat de València ficará sem a sua grande estrela durante pelo menos quatro jornadas da Liga (contra Real Sociedad, Sevilha, Espanhol e Real Madrid).
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