O dirigente, que recentemente foi alvo da abertura de um processo, mostrou-se bastante magoado com o que se passou durante o evento deste domingo no Santiago Bernabéu. Todos os pontos abordados foram aprovados "praticamente por unanimidade", confirmou o clube através de um comunicado.
"Hoje, na Assembleia do Real Madrid, um sócio pediu que me declarassem 'persona non grata' e o presidente respondeu: 'Não sei o que ganhamos se todos estamos de acordo'. Alguns aplaudiram. Eu, sinceramente, só senti uma coisa: tristeza", expressou Tebas com alguma resignação.
Além disso, também fez referência aos seus sentimentos: "Sou madridista desde os seis anos, quando regressei a Espanha com a minha família. Ninguém me obrigou, não herdei o cartão do meu pai nem do meu avô. Escolhi ser do Real Madrid. E o madridismo não se define por um papel, um voto numa assembleia ou um lugar na tribuna. O madridismo está em milhões de adeptos anónimos que sofrem e vibram com a sua equipa, muitas vezes mais do que alguns que têm papel e gabinete".
"Defender a LaLiga é defender o Real Madrid"
"Acusam-me de ser antimadridista. Não sou. E custa ouvir isso. Continuo a ser madridista como qualquer outro. É precisamente por isso que defendo uma Liga forte, competitiva e valiosa para todos, em que cada clube – grande ou pequeno – tenha o seu espaço. Porque sem uma Liga sólida, o próprio Real Madrid também será menor", acrescenta.
"Hoje, quem dirige o Real Madrid – não o clube em si, nem a sua história – impulsiona megaprojéctos de competições que enfraquecem e destroem a casa que os ajudou a crescer: a LaLiga. Defender a LaLiga, dizer o que se pensa, a quem de direito e em qualquer lugar, é defender esse ecossistema que permitiu ao Real Madrid tornar-se no que é", sublinha.
E assim termina Javier o seu longo comunicado: "Podem chamar-me 'persona non grata' e podem tentar expulsar-me do relato do madridismo, mas o que não podem fazer é apagar o que sinto desde os seis anos. Defender a LaLiga é também, à minha maneira, defender o Real Madrid. E isso não me tira nem uma assembleia nem uma etiqueta".
