De facto, desde 2000, apenas o Valência (2001/02 e 2003/04) e o Atlético de Madrid (2013/14 e 2020/21) impediram que os merengues ou os blaugranas conquistassem o título.
Villarreal está a caminho da melhor temporada desde 2007/08
Em todas essas temporadas, apenas em seis ocasiões Barça e Real não foram vice-campeões.
Em 2007/08, o Villarreal foi vice-campeão sob o comando de Manuel Pellegrini (hoje no Real Betis), o que acabou com o domínio dos dois grandes.
Apesar de ter terminado com 10 pontos de vantagem sobre o Barcelona de Frank Rijkaard, o que levou ao fim do reinado do neerlandês e ao início da era Pep Guardiola na temporada seguinte, o clube ficou com 77 pontos, oito a menos do que os 85 do Real.
O Submarino Amarelo estava tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe, e o seu plantel contava com jogadores como Robert Pires, Santi Cazorla, Diego Godín, Giuseppe Rossi, Guille Franco e Nihat.
A glória da Liga Europa
O vice-campeonato nessa temporada garantiu-lhes o futebol da Liga dos Campeões, e vários quartos e quintos lugares desde então têm visto o Villarreal como regular na Europa, principalmente na Liga Europa, que venceu pela primeira vez em 2021.
Unai Emery, que tinha o hábito de ganhar o troféu com o Sevilha, levou o Submarino à glória com uma vitória nos penáltis sobre o Manchester United, sem dúvida a melhor noite da história do clube.
Apesar da relativa falta de sucesso em termos de troféus, o Villarreal continua a ser uma das histórias de sucesso da LaLiga.
Na atual temporada, o Villarreal é apontado como um dos favoritos ao título.
Na cola do Barça e do Madrid
O jogo mais recente contra o Levante foi adiado devido ao mau tempo, o que significa que a equipa de Marcelino, atualmente em terceiro lugar, tem dois jogos a menos do que o Real e o Barcelona, ficando a apenas quatro pontos do primeiro e a oito do segundo.
No último jogo do ano, a equipa recebe os catalães para um jogo que é quase sempre um festival de golos.
Nos últimos quatro confrontos diretos, a equipa visitante saiu vitoriosa, o que pode não ser um bom presságio para as tentativas do Villarreal de se aproximar dos dois primeiros classificados. No entanto, os resultados foram 2-3 (vitória do Villarreal), 1-5 (vitória do Barça), 3-5 (vitória do Villarreal) e 3-4 (vitória do Barça).
Com a equipa de Hansi Flick a ter dificuldades com a sua alta linha defensiva, e com Alberto Moleiro, Tajon Buchanan e Gerard Moreno a marcarem golos, o jogo de domingo à tarde pode voltar a ser um dos mais emocionantes - e um jogo em que os três pontos são vitais para ambas as equipas.
Marcelino tem um plantel fantástico
Não é apenas o trio acima mencionado que está a fazer com que a equipa de Marcelino esteja na crista da onda, pois o treinador tem uma mistura potente de fisicalidade, velocidade e criatividade no seu plantel.
Por exemplo, Thomas Partey, que pertence ao Arsenal, reencontrou a forma que o tornou um adversário formidável no norte de Londres, e a sua capacidade de interromper o jogo adversário permitiu à sua equipa construir rapidamente contra-ataques.
Apesar da grande turbulência na sua vida pessoal, o jogador de 32 anos não deixou que isso afetasse o seu desempenho em campo, e a sua experiência na função tem sido uma parte inestimável da temporada do Villarreal.
Outro ex-jogador do Arsenal, Nicolás Pepe, tem apenas dois golos e duas assistências nos 21 jogos disputados em todas as competições até agora, mas o título de melhor jogador da LaLiga em agosto mostrou que ele não se limita aos golos.
A melhor defesa da LaLiga
O jogador de 30 anos, que atua na ala direita, é o que mais remata à baliza em todo o plantel (29 em todas as competições, 19 delas na LaLiga).
Com apenas 13 golos sofridos no campeonato até agora, o melhor registo de qualquer equipa, é evidente que a excelência do Villarreal também se estende à sua defesa.
Juan Foyth, Renato Veiga e Santiago Mourino têm sido fundamentais para que o Submarino só tenha perdido dois jogos do campeonato em 25/26, contra o Atlético de Madrid e o Real Madrid.
O que é estranho é que a sua forma na Liga dos Campeões tem sido o oposto e, após seis jogos no principal torneio europeu, o Villarreal está em 35.º lugar com um ponto, apenas afastado do fundo da tabela pelo Kairat do Cazaquistão, que sofreu mais dois golos.
Janela de transferências de janeiro pode ser a chave
De qualquer forma, a LaLiga será sempre o ganha-pão do clube, e se levarmos em conta que o orçamento recentemente aprovado para o ano foi de 215 milhões de euros (um recorde para o clube), em comparação com os 1,25 mil milhões de euros do Real Madrid e os 1,1 mil milhões de euros projetados pelo Barcelona, deve ser um verdadeiro motivo de orgulho para qualquer pessoa ligada ao clube o facto de a equipa principal ser capaz de ficar lado a lado com os vencedores em série da competição.
Se Marcelino puder fazer uma ou duas aquisições em janeiro, não é de se duvidar que o Villarreal consiga quebrar mais uma vez o duopólio da LaLiga, ou até mesmo levar o primeiro título nacional para o Estádio de la Ceramica.
