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Baraja pede desculpa aos adeptos do Valência: "Estão a sofrer esta época"

Baraja durante a partida com o Valladolid
Baraja durante a partida com o ValladolidOCTAVIO PASSOS / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
Rubén Baraja mostrou-se desiludido e insatisfeito em conferência de imprensa após a derrota do Valência, que ocupa agora o último lugar da LaLiga depois de ter sofrido três derrotas consecutivas.

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O Valência não conseguiu tirar nada de positivo da visita a um Real Valladolid que não ganhava desde a primeira jornada, estava em último lugar antes do jogo e tinha um treinador interino (Miguel Rubio). Excetuando o facto de ter de jogar fora de casa, todos os outros fatores pareciam estar a favor da equipa de Mestalla. Mas nem mesmo isso aconteceu. E esta situação crítica deixa Baraja à beira do abismo. Estas foram as declarações do treinador:

Encontro: "Tudo começa a partir dessa ação que faz com que o Valladolid tome a dianteira e que é muito improvável da nossa parte. A partir daí, jogaram com a opção de defender bem e tentar encontrar espaços no contra-ataque. Com o que está em jogo, não se espera que estas coisas aconteçam, mas acontecem. Do 1-4-4-2 mudámos para ter um pouco mais de iniciativa e tentar encontrar com o André Almeida a possibilidade de ter um passo à frente com um 10".

Crise: "Fizemos tudo o que podíamos para empatar, mas jogámos mais com o coração do que com a cabeça e faltou-nos precisão. A análise é dura, cruel; Estamos a sofrer muito e pedimos desculpa pelos números e pelo que os adeptos estão a sofrer esta época. Mas não podemos desistir. A nossa história não nos permite isso. Nem a nossa mentalidade. Enquanto aqui estiver, vou continuar a dar o meu melhor, a levantar a equipa e a pensar no próximo jogo".

Valência em situação delicada
Valência em situação delicadaFlashscore

Apoio do clube: "O que faço é tentar assumir a minha responsabilidade, aquilo que posso alcançar e controlar. Há certas questões a que não posso responder. Quando há uma união entre o treinador e o clube é porque há confiança entre as partes. Se ainda estou aqui é porque o clube confia em mim ou porque acredita que sou capaz de dar a volta à situação. O facto de terem de sair e dizer se estou aqui ou não, se confiam em mim ou não, não é definitivo para mim, porque muitas vezes um treinador sai, ratificam-no e no dia seguinte despedem-no. Eu não estou nessa situação, não estou a pensar se o clube diz que estou ou não estou".

Tarefa e objetivo a curto prazo: "Estou a trabalhar na outra coisa, em tirar o melhor dos jogadores e não o estou a conseguir, e isso está a obcecar-me de tal forma que tenho de continuar a insistir e a tentar elevá-los. Não vou desistir. Penso que podemos mudar a situação. Não vejo que as equipas sejam melhores ou muito superiores a nós. A diferença está num pormenor que ultimamente cai sempre para o lado do rival. Os números são indefensáveis. Acredito e tenho de acreditar até ao fim".

Balneário: "Eles estão lixados, mas não temos a opção de desistir. Isso não existe. Tento levantá-los, encorajá-los e lutar no próximo jogo. Temos de compensar o jogo contra o Espanhol e temos de voltar a competir. Temos de ter personalidade, aquele ímpeto de que a situação necessita. Nos momentos de máxima dificuldade, há que saber estar, dar a cara e dizer as coisas como elas são. Estamos num momento muito difícil, mas não é diferente de quando cheguei da última vez para assumir a equipa pela primeira vez. O caminho a seguir é acreditar, acreditar e acreditar e pensar que podemos dar a volta por cima".