A recta final da LaLiga para o Barcelona pode ser definida numa frase: nem acrescenta nem subtrai. Os resultados contra Real Sociedad, Valladolid e Celta não significam nada para a equipa técnica de Xavi. Os jogos foram uma oportunidade perfeita para testar os jogadores que tiveram menos tempo de jogo ao longo da campanha.
O nível de alguns, como Kessié, correspondeu às expectativas. Outros, como Eric Garcia ou Ferran, não foram bem sucedidos. Independentemente do nível, Xavi, além de dar ritmo, pretendia observar o jogo colectivo e, desta forma, analisar com calma as necessidades do mercado.
"Fizemos uma grande temporada, dei-lhes uma nota B. Também estamos conscientes de que temos de nos reforçar devido ao que é exigido ao Barça, todos os títulos e fazer melhor na Europa. Para sermos mais competitivos. Precisamos de dois jogadores por posição a um nível elevado. Tirámos o máximo partido do plantel desta época. Temos de estar satisfeitos", acrescentou o treinador na conferência de imprensa pós-jogo em Balaídos.
O médio à frente da defesa é, sem dúvida, a posição mais frágil do Barcelona. Busquets deixa órfã uma posição que ocupa há mais de dez anos. Zubimendi é o preferido do treinador. Laporta quer que De Jong se torne o herdeiro do campeão do mundo. Gundogan, que fez uma época fenomenal no City, ainda não decidiu se vai ou não renovar.
"Esta semana é definitiva para sabermos o cenário do que podemos contratar. Temos de ser justos e honestos. Temos de nos reforçar bem, especialmente a nível europeu. Temos competido bem nas competições locais, mas este é o passo definitivo para nos reforçarmos para lutar por tudo", disse Xavi.
O Fair-Play é o elemento que ainda impede o Barça de planear a época. Há alguma luz sobre possíveis saídas. No entanto, enquanto o clube não vender e limitar a sua massa salarial (mais de 200 milhões de euros), não terá o aval da LaLiga para se inscrever.
De acordo com as recentes declarações de Laporta, a LaLiga poderá definir a situação do Barça no decorrer desta semana. Dependendo da decisão final, o clube iniciará movimentações no mercado. As necessidades da equipa técnica são claras. Para a diretoria, a prioridade é vender antes de contratar.
Ansu Fati, o grande dilema
Nesta linha, surge o nome de Ansu Fati. O avançado era, há algumas temporadas, o "herdeiro de Messi". O extremo sofreu uma lesão no joelho num clássico com o Real Madrid e, desde então, não conseguiu recuperar.
Na presente temporada, Fati disputou 51 jogos, marcou 10 golos e fez quatro assistências. Os números, embora não sejam totalmente negativos, são um reflexo do facto de a influência do jogador na frente de ataque do Barça ser limitada. Lewandowski é o dono da linha da frente. Dembélé e Raphinha estão a crescer todos os dias nas alas. Ferran, apesar de estar na rampa de saída, é uma adição interessante.
Depois destes nomes, surge Fati, que, com ofertas da Premier League em cima da mesa, está a estudar uma possível transferência, seja por empréstimo ou a título definitivo.