O clube e vários antigos dirigentes estão a ser investigados no "caso Negreira", depois de terem pago a uma empresa de José Maria Enriquez Negreira mais de 7,3 milhões de euros (8,6 milhões de dólares) entre 2001 e 2018, de acordo com uma queixa de 2023 que abalou o futebol espanhol.
"Tornou-se claro que muitas das teorias lançadas nos últimos anos foram destruídas"
Os procuradores suspeitam que o Barcelona pagou a Negreira, antigo vice-presidente da Comissão Técnica de Árbitros (CTA) de Espanha entre 1994 e 2018, para influenciar as decisões dos árbitros, enquanto o clube alega que os pagamentos foram para relatórios de arbitragem e consultoria.
"Hoje ficou claro que muitas das teorias lançadas nos últimos anos foram desfeitas", disse Bartomeu, presidente entre 2014 e 2020, aos jornalistas, à porta de um tribunal em Barcelona.
"Ficou claro que houve serviços de consultoria, relatórios sobre árbitros, orientações sobre questões pré-jogo e pós-jogo, e que houve uma contrapartida financeira por este trabalho de consultoria", acrescentou.
Rosell saiu sem prestar declarações
Durante a audiência, em que apenas respondeu a perguntas do seu advogado, o ex-presidente do Barcelona disse que os pagamentos eram para serviços de consultoria desportiva e que nunca tiveram a intenção de subornar árbitros ou manipular a competição.
De acordo com os meios de comunicação social espanhóis, ambos afirmaram ainda que os pagamentos foram herdados de administrações anteriores.
Para além de Rosell e Bartomeu, outras pessoas sob investigação, como o filho de Enriquez Negreira, Enriquez Negreira, foram convocadas para depor esta quinta-feira.
A investigação teve início em março de 2023, depois de as autoridades fiscais espanholas terem identificado irregularidades nos pagamentos de impostos efectuados entre 2016 e 2018 pela empresa Dasnil 95, propriedade de Negreira.