Uma instituição representativa da comunidade judaica em Espanha criticou esta quinta-feira os cânticos de “Israel, assassina” dirigidos recentemente ao avançado do Villarreal, Manor Solomon (26 anos), atualmente emprestado pelo Tottenham Hotspur.
O internacional israelita, que entrou em campo aos 83 minutos, marcou o golo da vitória da sua equipa frente ao Sevilha (1-2), na terça-feira, em jogo da sexta jornada da LaLiga.
Durante a partida, alguns adeptos do Sevilha exibiram bandeiras palestinianas, enquanto o grupo ultra Biris Norte afirmou nas redes sociais que “não há espaço para sionistas” no Ramón Sánchez-Pizjuán.
Solomon tinha anteriormente partilhado mensagens de apoio ao exército israelita nas redes sociais.
“A Federação de Comunidades Judaicas de Espanha condena os insultos intoleráveis que o futebolista Manor Solomon recebeu por parte de uma ala da claque do Sevilha F.C., motivados pela sua origem israelita”, referiu a instituição em comunicado.
Uma contratação polémica
“Condenamos qualquer manifestação de antissemitismo, racismo ou xenofobia e reafirmamos o nosso compromisso com os valores da convivência e da igualdade”, acrescenta ainda a nota.
Na semana passada, investigadores independentes mandatados pelas Nações Unidas acusaram Israel de cometer genocídio em Gaza, numa tentativa de “destruir o povo palestiniano”.

Alguns adeptos do Villarreal criticaram o seu próprio clube este verão por contratar Solomon e Thomas, que por outro lado enfrenta um julgamento no Reino Unido por acusações de violação e agressão sexual que o jogador nega.