Regressaram ao topo. Os Colchoneros tiveram dificuldades para arrancar esta época. Tanto na LaLiga como na Liga dos Campeões, tudo foi um processo demorado. Mas o esforço começa agora a dar frutos. Ocupando a quarta posição antes do jogo desta terça-feira, têm a oportunidade de alcançar o Barcelona e tornarem-se aspirantes ao título nacional. Mas como conseguiram encurtar distâncias?
Adaptação concluída
O primeiro desafio que Diego Simeone e a sua equipa enfrentaram esta temporada foi a integração dos novos reforços. Com nove caras novas no balneário e em campo, não foi fácil encontrar a combinação certa.
Para começar, Simeone deu uma oportunidade a David Hancko na defesa, a Johnny Cardoso no meio-campo, e testou como titulares Matteo Ruggeri, Thiago Almada, Giacomo Raspadori e Álex Baena. No entanto, após várias tentativas, Diego Simeone somou um saldo negativo no arranque da época. Os jogadores não estavam totalmente preparados ou lesionaram-se rapidamente, o que impediu a regularidade. Os esquemas táticos também não resultaram e o Atlético de Madrid acumulou derrotas e empates.
Contudo, o tempo tratou do resto. Após quatro meses de competição, alguns dos recém-chegados afirmaram-se como titulares (Hancko/Baena) e o onze inicial rojiblanco está agora muito mais definido. O plantel conhece o seu papel. A equipa entende-se e relaciona-se melhor.
Por isso, há razões para olhar em frente. E como prova, tanto na LaLiga como na Liga dos Campeões, não perde desde 21 de outubro (derrota por 4-0 no Emirates Stadium frente ao Arsenal).
Koke recuperado, Barrios de luxo
Outro dos segredos do renascimento do Atlético tem sido a qualidade do seu meio-campo. Com as ausências de Baena e Cardoso (ambos lesionados), Simeone teve de devolver a Koke o comando do jogo e apoiar-se em Pablo Barrios para ligar tanto com os avançados como com os defesas.
Na verdade, o capitão do Atlético esteve três jornadas no banco, além do jogo frente ao Liverpool (1.ª jornada da Liga dos Campeões, derrota por 3-2). Mas depois da sua entrada decisiva em Anfield, Simeone mudou de ideias. Koke voltou a ser protagonista. E com ele, a equipa voltou a respirar.
Foi um verdadeiro metrónomo na vitória do Atlético sobre o Real Madrid em setembro (5-2): completou 43 de 46 passes (93%), tocou 55 vezes na bola, fez um drible e venceu 5 duelos. Tudo isto ajudou o bloco rojiblanco a avançar, além de contribuir defensivamente.
Num nível excecional, o homem que já soma 700 jogos pelo Atlético de Madrid voltou a brilhar frente ao Getafe a 23 de novembro (1-0). Não há dúvidas de que o seu contributo na luta pelo título é e será fundamental.
Outro jogador fundamental no crescimento dos Colchoneros tem sido Barrios. O jovem espanhol de 22 anos está a realizar uma época muito eficiente. Sempre presente na recuperação, garante uma excelente pressão e permite aos colegas sair rapidamente para o ataque.
Mais uma vez em destaque frente ao Real Oviedo no último sábado (2-0), poderá ser decisivo contra o Barça esta terça-feira. No ano passado, na vitória do Atlético em Montjuïc, obteve uma nota de 7,4 segundo o Flashscore. Um ano depois, e com o nível que está a apresentar, será uma das peças-chave no Camp Nou.
A participação dos avançados
Os Colchoneros também têm vencido os seus jogos garantindo mais de um golo por partida. Já marcaram 27 golos na LaLiga e 12 na Liga dos Campeões. Este desempenho é possível graças ao envolvimento total do ataque.
No campeonato, Julian Álvarez já apontou 7 golos e fez 2 assistências. Alexander Sorloth soma 4 golos, tal como Antoine Griezmann. Giuliano Simeone já fez 4 assistências e marcou 2 golos. Todo este trabalho coletivo impulsionou o Atlético de Madrid nesta primeira metade da época e deverá continuar a aproximar a equipa do topo.
Além disso, Marcos Llorente foi determinante em várias das grandes vitórias rojiblancas este ano. Diego Simeone conta com ele para o que resta da temporada. No entanto, lesionado há uma semana, o espanhol não poderá jogar na Catalunha.
