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Diretor do Sevilha após saída de Lukebakio: "Normalmente vende-se o melhor"

Antonio Cordón, no Sánchez-Pizjuán
Antonio Cordón, no Sánchez-PizjuánJOAQUÍN CORCHERO / Spain DPPI / DPPI via AFP

Antonio Cordón, diretor desportivo do Sevilha, falou aos meios de comunicação após o encerramento do mercado de transferências para justificar as suas decisões.

Os andaluzes, que conseguiram no Sevilha a primeira vitória da temporada, apresentam-se como candidatos à descida após terem sofrido importantes baixas e não terem gastado um único euro em contratações. O facto é que o nível do plantel diminuiu consideravelmente, especialmente pelas vendas de Loïc Badé e Dodi Lukébakio, e o argentino Matías Almeyda não vai ter vida fácil para conseguir resultados. O dirigente com passado bético fez a seguinte análise:

Balanço geral: "Tudo se moveu no final, nas últimas semanas. Trabalhámos todo o verão para chegar com as ideias muito claras, de fazer um grupo e fortalecer a equipa e a identidade. Fortalecer, sobretudo, os valores do clube para além de nomes próprios. O balanço é muito positivo por termos este staff técnico, que nos está a dar uma identidade própria e oxalá que ao longo do ano todos consigamos os resultados que os adeptos querem. Uma equipa que não tenha os problemas do ano passado e que melhore cada dia para tentar dar as maiores alegrias possíveis".

Mais sobre o tema: "Estou muito feliz, diverti-me muito. Quando se trabalha no que se gosta, diverte-se. Estou muito contente, acho que fizemos uma equipa competitiva. Os resultados e o final do ano ditarão como desenhámos tudo, com um treinador novo e uma direção desportiva nova, com jogadores que entraram e saíram. Temos jogadores aos quais queremos tirar o maior proveito possível. Estávamos necessitados de vender, normalmente vende-se o melhor e é preciso equilibrar a economia. Entendemos que os jogadores que trouxemos e os que já estavam vão compensar esses golos que os outros nos faziam".

"Sevilha continua a vender bem"

Reforços no inverno ou como livres: "Entendemos que o futebol é muito variável e imaginativo. Temos de estar preparados ao longo da temporada se surgir alguma circunstância. Se tivermos economia disponível e algum défice, tentaremos. Neste momento entendemos que temos um plantel equilibrado. Os resultados ditarão, mas fizemos um grupo comprometido. Há um sentimento de agrado com o que foi feito e sentem que finalmente há um grupo. Estão todos muito contentes. Notei um ambiente muito positivo, que é o que estamos a refletir em todos os âmbitos do clube".

Saídas: "São jogadores que custaram muito dinheiro e foram das maiores vendas. O Sevilha continua a vender bem e relativamente caro. Todos têm de conhecer as circunstâncias. É preciso apertar o cinto e tornarmo-nos mais fortes como grupo. A força vai ser o grupo, o treinador, adeptos e trabalhadores. É aí que estará o crescimento do clube. Entre vendas e mudanças de contrato, aproveito para agradecer muito a ajuda de alguns jogadores aos seus companheiros. Isso representou um valor de 80 ou 85 milhões que foram recuperados. Conseguimos investir uns 10 ou 12 milhões. Foram todos a custo zero ou emprestados e não fizemos nenhuma compra, mas esta é a grandeza do futebol. Se isto acabar e talvez fizermos uma temporada melhor do que a do ano passado, diremos que não é necessário gastar tanto dinheiro em contratações porque os resultados são coletivos. Priorizamos o grupo, arejá-lo e ter um staff com uma alegria diferente. Que as pessoas saibam que a equipa não vai dar uma bola por perdida e que vai trabalhar ao máximo".

Alexis Sánchez: "Não acho que venha substituir ninguém. É um complemento e pode dar muito com a sua experiência aos nossos jovens. Acho que nos pode dar bastantes minutos ou jogos ao longo da temporada. Tentámos contratá-lo até ao último momento dentro das nossas possibilidades e havia vários nomes que podiam estar aí. Finalmente esperamos pelo inverno ou jogadores livres e ver se há alguma necessidade para nos ajustarmos ainda um pouco mais se houver algum défice".

Juanlu fica

Venda frustrada de Juanlu Sánchez: "Recebemos ofertas por jogadores, várias ofertas. Do Nápoles não houve nenhuma oferta oficial. Muitos rumores, desgaste... mas em nenhum momento houve negociação porque não chegou nenhuma oferta. Diziam que podiam enviar, mas não chegou. Houve outras ofertas do mercado inglês, mas por circunstâncias há jogadores que entendem que não é o seu projeto nem o seu lugar. É preciso respeitar essas decisões".

Objetivo: "Estar alegre. Quero estar alegre todos os domingos e todos os dias da semana. Isso significará que a equipa vai bem e que vamos desfrutar. Isto é desporto e enquanto todos tiverem compromisso e lutarem, a torcida estará alegre. Vamos procurar que todos desfrutem do seu clube".

Análise por posição: "Azpilicueta pode ajudar-nos em todas as posições defensivas. Com a saída de Pedrosa também temos Oso e estamos convencidos de que esta será a temporada de Nianzou se as lesões o respeitarem. Com Fábio Cardoso e a formação estamos equilibrados. No meio-campo vem Mendy e temos jogadores como Sow, Gudelj, Agoumé, Manu, Jordán... Temos bastantes opções. A ver se as lesões respeitam e nos colocamos em dia. Pelas alas igual, podem jogar em diferentes posições. E depois vai chegar a melhor contratação do Sevilha, que vai ser o Adams. Para mim vai ser uma surpresa. Temos valores muito importantes".