Já lá vão os tempos do Barcelona de Xavi Hernández, em que Jules Koundé tinha dificuldade em aguentar os ataques adversários a partir do centro da defesa. Chegou à Ciudad Condal em 2022, vindo do Sevilha, com a reputação de um defesa-central de grande qualidade, mas com o decorrer dos jogos, surgiram dúvidas sobre a sua capacidade de atuar numa grande equipa.
O início não foi bom, e o trabalho do francês ao lado de Ronald Araújo deixou muito a desejar. Isso, longe de desanimá-lo, fez com que ele trabalhasse mais e procurasse se reinventar. Esse ímpeto levou-o a multiplicar as sessões de treino e a encontrar o seu lugar ideal na lateral direita.
Até agora, em 2024, Koundé mostrou uma imagem renovada e os elogios não demoraram a chegar. O primeiro a elogiá-lo foi o companheiro Lamine Yamal, que joga com ele há apenas um ano, mas já viu do que ele é capaz: "O melhor lateral-direito do mundo", disse o jovem campeão europeu de seleções.
Os elogios não são infundados, já que o francês foi um dos destaques do Barça de Hansi Flick no início da LaLiga. Nos quatro jogos disputados até ao momento, conseguiu travar Nico Williams, jogou todos os minutos e marcou um golo na goleada por 7-0 ao Valladolid.
Se nos debruçarmos sobre estatísticas mais específicas, verificamos que, nas ocasiões em que os grandes dribladores que enfrentou tentaram vencê-lo, só o conseguiram uma vez, enquanto ele conseguiu pará-los sete vezes.
O sucesso de Koundé não se limita ao seu clube, mas ele também está atuando em alto nível pela França, como reconheceu Antoine Griezmann: "O que ele está fazendo na posição de lateral é excecional. O que ele está a fazer na posição de lateral é excecional. Defensivamente, é um dos melhores", afirmou o jogador do Atlético de Madrid.