Ambas as equipas têm 38 pontos e, apesar de o Barcelona ter disputado um jogo a mais, lideram a tabela pela diferença de golos, com o campeão Real Madrid em terceiro lugar, um ponto atrás, mas ainda firmemente na luta graças à recente queda dos catalães.
O Atlético de Diego Simeone vem de 11 vitórias consecutivas em todas as competições e precisa de mais um triunfo no Estádio Olímpico para assumir a liderança. Os Rojiblancos fizeram várias contratações no verão, incluindo Alexander Sorloth e Julian Alvarez no ataque, e a profundidade do plantel começou como um problema, mas está a tornar-se num ponto positivo.
Simeone teve de deixar nomes importantes no banco de suplentes para fazer rotação e levou algum tempo para que o plantel se habitua-se a isso. No entanto, o Atlético está agora a conseguir ganhar jogos com regularidade devido ao impacto dos seus substitutos e o treinador disse que essa é a sua maior força.
"Antes do jogo (contra o Getafe, no fim de semana passado), falei com os jogadores para agradecerem e reconhecerem aqueles que não iam começar o jogo", disse Simeone: "Há jogadores muito importantes que estão a competir de forma extraordinária, e isso nota-se quando entram na equipa. Essa é a nossa força, para competir da maneira que queremos, precisamos que todos estejam tão envolvidos quanto estão (atualmente) - é a nossa maior força."
Antoine Griezmann e Clement Lenglet, ex-Barcelona, estão em excelente forma para os visitantes.
Enquanto a sorte do Atlético mudou para melhor, a temporada do Barcelona sofreu uma queda surpreendente.
Os catalães, que perderam em casa por 1-0 contra o Leganés no fim de semana passado, ganharam apenas um dos seus últimos seis jogos no campeonato, três dos quais terminaram em derrota. O intenso jogo de pressão de Flick parece estar a afetar a equipa, que já não parece tão afinada como no início da época.
"Acho que começamos o jogo meio adormecidos", admitiu o médio Pedri após a derrota.
O técnico alemão não tem feito rotação entre os seus principais jogadores, o que também contribui para a falta de frescura da equipa. O excelente início de temporada do Barcelona, com vitórias esmagadoras sobre o Real Madrid no Campeonato Espanhol e o Bayern de Munique na Liga dos Campeões, pode ter contribuído para que a equipa perdesse a concentração a nível psicológico.
O clube começou a temporada com a expetativa de estar perto do Real Madrid, mas rapidamente se encontrou sob o comando de Flick e, com os elogios que recebeu, a situação mudou rapidamente. As equipas também começaram a trabalhar em formas de contornar a linha defensiva alta, com os corredores do meio-campo a virem do fundo da defesa, de uma forma que o Madrid e o Bayern não conseguiram.
"Disse à equipa que tudo depende de nós, de jogarmos com concentração total", disse Flick, que vai cumprir uma suspensão contra o Atlético: "Como é normal, todas as equipas procuram as nossas fraquezas e vão lutar para as explorar."
O Barcelona também não poderá contar com Lamine Yamal, o jovem de 17 anos que está afastado até janeiro devido a uma lesão no tornozelo.
O Real Madrid respondeu bem à goleada sofrida diante do Barcelona para se manter na corrida pelo título, com Kylian Mbappé em forma novamente após uma breve pausa por lesão.
O avançado francês marcou o golo da vitória do Madrid sobre o Pachuca na Taça Intercontinental a meio da semana. O time enfrenta o Sevilla no domingo. O conjunto de Carlo Ancelotti também pode chegar à liderança durante a pausa de inverno com uma vitória, caso Barcelona e Atlético empatem no dia anterior.
