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LaLiga: Barcelona ainda tremeu, mas saiu vivo e com três pontos de Oviedo (1-3)

Lewandowski felicitado por Cubarsí após o seu golo em Oviedo
Lewandowski felicitado por Cubarsí após o seu golo em OviedoMiguel RIOPA / AFP

Não foi a sua melhor noite. Mas é nestes jogos que se ganha a LaLiga. O Barça teve de recorrer à fé e à qualidade individual para virar o jogo contra o Oviedo. Um erro crasso de Joan García e um remate monumental de Álvaro Reina fizeram os carbayones sonharem alto. Mas na segunda parte, Eric García e Lewandowski assinaram a reviravolta dos culés. Araújo sentenciou já na reta final do encontro.

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Ser convidado para uma festa não significa que se vá divertir. E as festas do Oviedo no Tartiere são ótimas. Porque é um luxo ver, por exemplo, Cazola, aos 40 anos, desfrutar da sua primeira titularidade com os carbayones na LaLiga. O Barça, no entanto, não costuma ser um bom convidado. Quer sempre ser o rei do baile e tirar a noiva, chamada Victoria, ao anfitrião. Para isso, usa armas de sedução extraordinárias. Como o canhão destro de Rashford. Levou-o a passear duas vezes e em ambas o segurança Aarón Escandell disse que não com duas defesas, cada uma melhor do que a outra.

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Notas dos jogadoresFlashscore

Perante essa ilusão carbayona, que até se atreveu no início a encurralar os culés com vários cantos seguidos, os de Flick recorreram a Pedri. Mas o canário não encontrou parceiros nem em Casadó nem em Dani Olmo. Notava-se falta de fluidez, por vezes precipitação no último passe. Houve mais ocasiões, claras também, mas por qualidade individual, não coletiva. Raphinha acertou um remate na trave e Araújo, que ficou com o ressalto, encontrou novamente o guarda-redes da equipa da casa.

Então veio o impensável, a felicidade suprema para o Oviedo. Joan García saiu bem da sua área para se antecipar a Rondón, mas quando quis entregar a bola confundiu Casadó com Álvaro Reina. Com a baliza vazia, embora a 40 metros, o andaluz tentou a sorte e a deusa Fortuna disse que sim, que o remate tinha qualidade e força suficientes para entrar e fazer o 1-0. Que erro de Joan e que acerto de Reina.

Daí até ao intervalo, foi defender a magra vantagem. E conseguiram, o que levou Flick a mexer no banco na reabertura. De Jong entrou por Casadó. Mas onde encontrou a solução foi com Araújo, que por acaso virou extremo-esquerdo, colocando um cruzamento sensacional para Ferran no primeiro poste e Eric aparecendo no segundo para aproveitar o ressalto de Escandell e da trave e assinar o 1-1.

Com mais de meia hora pela frente, a música já era do Barça. Nada de lentos, era rock&roll a todo o volume. E embora Reina, outra vez ele, tenha tentado baixar o ritmo com um bom remate repelido por Joan García, o ritmo era azulgrana. Foi um velho roqueiro, Lewandowski, que mostrou como se movimentar na área para finalizar um esplêndido cruzamento de Frenkie de Jong e colocar a bola de cabeça no ângulo. Missão cumprida com o 1-2.

No entanto, os asturianos ainda não tinham dito a última palavra. A aparição do agitador Brekalo permitiu a Rondón duas oportunidades para ficar com a glória. Em ambas, Koundé foi uma muralha diante do veterano venezuelano, demasiado lento. Assim como Sibo foi demasiado passivo quando Araújo lhe ganhou no salto na área local para marcar o 1-3 já na reta final.

Com tudo decidido, Flick deu alguns minutos a Marc Bernal para que fosse recuperando sensações. A noite terminou bem, sem dúvida, para o Barça, que se coroou rei e rainha do baile em Oviedo.

Estatísticas da partida
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