Recorde as incidências da partida
Hansi Flick não perdoa uma. Depois dos dois golos na Liga dos Campeões, Rashford foi suplente frente ao Getafe por ter chegado atrasado a um treino. Essa foi a única surpresa do jogo. Porque, desde o apito inicial, o Barça dominou a bola com os madrilenos fechados em torno do seu guarda-redes. Guião esperado.

Antes do quarto de hora, os blaugranas já sorriam. Uma genialidade de Dani Olmo, assistência de calcanhar, permitiu a Ferran fazer o 1-0. Contra estes adversários tão defensivos, é vital marcar o quanto antes.
Longe de se acomodarem, foram imediatamente à procura do segundo com grande velocidade na circulação de bola. Pedri começou a brilhar e a aparecer em todo o lado, com e sem bola. Um passe seu não foi finalizado por Lewandowski à boca da baliza por um centímetro. O segundo golo sentia-se no ambiente. E não demorou muito a chegar, com um passe longo de Eric - como este jogador mudou -, com um controlo e uma assistência de Raphinha, e com uma mordida bestial do tubarão Ferran, que enganou Soria para fazer o 2-0.
A chuva tinha regressado a Sant Joan Despí, mas o que caía no relvado não era água, mas sim futebol de muitos quilates. Os de Bordalás aguentavam o temporal como podiam. Soria evitou o terceiro a remate de Lewandowski e a trave negou o hat-trick a Ferran. O único fator que enturbou a festa culé foi que Raphinha, com um pequeno empurrão, arriscou o segundo amarelo. Flick estava possesso, claro. Assim se chegou ao intervalo.
Com receio de uma expulsão e para revitalizar os seus, o técnico alemão fez uma tripla alteração. Um dos novos, Javi Muñoz, quase surpreendeu Joan García. Domingos Duarte testou as suas luvas ao rematar num canto. A Flick, que tinha poupado Rashford para dar descanso a Raphinha, não agradou nada esse início porque o adversário fez mais ofensivamente em cinco minutos do que em toda a primeira parte.
Mas também não durou muito o seu desagrado porque essa melhoria visitante foi improdutiva. E mais ainda quando Casadó, recém-entrado, meteu uma bola no espaço para Rashford, que chegou com tempo de sobra para tomar um chá diante de David Soria enquanto esperava a chegada de algum companheiro. Foi Dani Olmo o afortunado em receber a bola e empurrá-la quase para a baliza vazia para fazer o 3-0.
O próprio inglês quis manter a sua marca e sozinho criou outra ocasião, cheia de potência, que o guarda-redes defendeu. Como fez depois Fermín, com o mesmo resultado. Soria teve de voltar a justificar o salário para que a goleada não fosse maior. Conseguiu. Como o seu colega Joan García também evitou o golo de honra de Davinchi.
