Barcelona 1-1 Betis

Os jogadores do Barça estavam a salivar quando o Real Madrid os deixou com o caminho livre para o título da LaLiga ao perder com o Valência. A vitória sobre o Betis era um golpe de autoridade quase definitivo. E não perderam tempo a fazer a bola rolar no Olímpico de Montjuïc. Apesar da boa resposta verde e branca, já dominavam no relvado e no marcador. Pedri tinha avisado com um remate que Adrián negou, mas Gavi não cometeu qualquer erro quando Ferran o deixou sozinho em frente à baliza. O antigo jogador dos béticos rematou primeiro e depois pediu desculpa. Foi o seu primeiro golo da época e uma demonstração de que tudo o que Flick toca se transforma em ouro.
Mas o Betis é uma grande equipa que também está em forma. Mesmo sem Isco, suspenso. A forma como os Culés jogam, com a linha defensiva no meio-campo, é um convite para os velocistas. Por isso, Antony explorou os espaços o mais que pôde. Numa das suas investidas, Natan pendeu do céu catalão para deixar Araújo exposto e fazer o 1-1 com um cabeceamento após cruzamento de canto de Lo Celso, substituto do já referido Isco.
O Barcelona não se intimidou e continuou a jogar o seu jogo, tentando explorar os flancos com Lamine Yamal e Balde, bem como as combinações interiores, onde Ferran e Lewandowski eram sempre uma ameaça com o seu gatilho fácil. A defesa do Betis, com Bartra atento, salvou várias oportunidades claras de golo. Tal como Adrián San Miguel. A equipa de Pellegrini manteve-se firme, apesar das perdas de bola ocasionais, mas também se divertiu quando recuperou a posse de bola e se lançou em campo aberto. Porque Cucho não é Antony em fuga, senão... Com o resultado empatado e tudo em aberto, embora com mais oportunidades reais para os blaugranas, chegou a hora do intervalo.

Com a entrada de Chimy Ávila para o lugar de Altimira, o jogo recomeçou com uma escorregadela inoportuna de Cucho, depois de ter ultrapassado De Jong. Na área contrária, foi Adrián a negar o golo a Koundé. A verdade é que o Barça, no segundo tempo, mesmo sem a fluência de outros dias, conseguiu colocar o adversário em sentido. Ainda mais com a entrada de Raphinha, aclamado pelos adeptos, e a saída de Lo Celso. Mas os andaluzes defenderam-se bem, aguentando a tempestade e esperando por melhores momentos para iniciar aventuras ofensivas.
Não houve nenhuma. A equipa de Hansi Flick continuava a atacar, atacar e voltar a atacar. Por vezes com pressa, com ansiedade, por estarem tão perto de fechar a LaLiga. Noutros momentos, o problema era que a defesa do Betis era soberba e solidária, tapando com suor e lágrimas qualquer buraquinho por onde os Culés quisessem passar. E assim chegámos ao fim, com o Barça a arriscar ainda mais e o Betis a poder finalmente atacar. Mas nenhuma das equipas conseguiu atingir o seu objetivo e tiveram de se contentar com um empate que deixou os visitantes mais do que satisfeitos e o Barça com a sensação de ter desperdiçado uma grande oportunidade para escapar à vigilância do Real Madrid.