Recorde aqui as incidências do encontro
Era difícil imaginar um cenário diferente do domínio do Barça e da aposta do Osasuna no contra-ataque. O plano blaugrana esteve perto de deitar por terra a estratégia do adversário logo de início, não fosse Herrando ter roubado a bola no último instante a Ferran, que já preparava o remate em cima da linha de golo.

Reforçados por essa e outras ações de pura resistência, os visitantes sabiam que teriam alguma oportunidade em contra-ataque. Foram três na primeira parte. Uma perdeu-se porque Budimir conduziu a jogada em vez do veloz Víctor. Outra serviu para o destaque de Joan García, que travou o remate à queima-roupa do croata. E mais uma, com os mesmos protagonistas, terminou com um remate ao centro, fácil para o guarda-redes.
Entre essas ocasiões, que surgiram pelo risco do sistema de Flick, Eric, novamente a médio-centro, esteve perto do golo com um remate de longe. Já depois da meia hora, Ferran conseguiu mesmo marcar... mas o seu golo foi anulado por fora de jogo no início da jogada. A sala VAR analisou ao detalhe, pois ninguém se apercebeu em direto, exceto eles, que é para isso que lá estão, claro.
O Barça não baixou os braços e rapidamente voltou a pressionar a baliza de Sergio Herrera, sem conseguir. Muitas pernas vermelhas apareciam no último instante para travar qualquer investida na sua área. E ainda Ferran, de pontapé de bicicleta, voltou a estar perto do golo.
Na segunda parte, Rashford foi o primeiro a testar novamente a agilidade de Herrera. E embora Víctor tenha acelerado para se isolar perante Joan García, os catalães voltaram ao ataque. Arguibide salvou o primeiro uma grande jogada de Koundé e o remate seguinte, mais uma vez, de Rashford. E assim os minutos foram passando, enquanto o público se impacientava perante a organização navarra.
Não estava, de todo, a ser a sua melhor exibição. Mas o capitão apareceu quando a equipa mais precisava dele para, finalmente, alcançar o golo. Raphinha avisou com um remate ousado do meio-campo e, na jogada seguinte, após uma rápida condução de Pedri, tentou a sorte à entrada da área. O seu potente remate de pé esquerdo foi indefensável para Herrera e fez explodir de alegria o Camp Nou com o 1-0.
Era a vez do Osasuna mostrar um plano B para tentar equilibrar. Mas as ideias não surgiam, o físico já não respondia da mesma forma. E quando finalmente conseguiram, um deslize de Raúl fez com que chocasse com Joan García no chão, permitindo a Rubén García empurrar para a baliza deserta. Nem teve tempo de festejar. Primeiro, porque o árbitro já tinha assinalado falta. E depois, porque na jogada seguinte, o Barça acelerou e Raphinha, após uma tentativa de corte de Catena, fez o 2-0 sozinho ao segundo poste.
O Barça pôde assim celebrar mais um triunfo que o deixa, à espera do que o Madrid faça com o Alavés, sete pontos acima, depois de somar a nona vitória em outros tantos jogos disputados em casa nesta temporada.
