Não surpreende que o pódio seja inteiramente formado por elementos culés, já que, se há algo que define o atual campeão, é a aposta clara e convicta em dominar através da posse de bola. Esta filosofia vai, sem dúvida, muito além dos planos do treinador de momento, o alemão Hansi Flick, que também partilha essa ideia sagrada e inegociável; trata-se de uma questão de identidade, de estilo e quase de ideologia.
O central, com apenas 19 anos, lidera esta classificação particular, apesar de não ter jogado em quatro partidas da sua equipa, incluindo o empate em Vallecas. No entanto, essa situação não o impede de ser o grande líder em passes, o que demonstra claramente a sua influência na construção do jogo. Há poucos dias, no La Cerámica, atingiu os 93% de eficácia e só foi superado pelo igualmente fiável De Jong.
Não faltam elogios ao talentoso Pedri, mas a verdade é que ninguém duvida de que todos são merecidos e até se poderiam juntar mais alguns. O canário ocupa, para já, o segundo lugar, depois de ter falhado o mesmo número de jogos que Cubarsí (frente ao Celta de Vigo, Athletic Club de Bilbao e Villarreal). Além disso, importa destacar as cinco assistências que já somou nesta edição da LaLiga.
Eric García de regresso
O terceiro elemento é Eric, que convenceu Flick de que pode ser uma peça fundamental. O seu bom desempenho coloca-o novamente à porta da seleção... a meio ano do Mundial. Se vai ou não à competição na América do Norte, será De la Fuente a decidir dentro de alguns meses. Para já, o antigo jogador do Girona vai dando passos firmes, ao ponto de ter tido protagonismo nas 18 jornadas.

O top 10 é completado pelos seguintes jogadores: Álvaro Carreras (988), Aleix Febas (956), Florian Lejeune (952), Marcos Alonso (938), Fede Valverde (925), David Affengruber (913) e Koke Resurrección (899). À porta deste grupo fica, com 880, o francês Jules Koundé, que se habituou a sair do eixo central para ocupar o lado direito. Frenkie de Jong, na 19.ª posição com 781 passes, é o quinto culé mais destacado.
