Apesar de, a nível estatístico, Marcus Rashford ter apresentado um bom rendimento no início da época, é inegável que o Barcelona sentiu muito a falta de Raphinha neste primeiro terço da temporada. O brasileiro é o líder espiritual desta equipa, aliando essa faceta a números impressionantes que já na época passada o fizeram sonhar com a Bola de Ouro.
Contra o Osasuna, num jogo complicado e que parecia muito difícil para o líder, o número 11 voltou a aparecer quando os seus mais precisavam, inaugurando o marcador aos 70 minutos e sentenciando a partida aos 86'. Bis para a sua conta pessoal e 2-0 para um Barça de Hansi Flick que sorri sem complexos com o jogador de Porto Alegre no plantel.
Com esses golos, Raphinha chegou aos 60 golos como jogador do conjunto catalão. Um número que o coloca como o quinto melhor marcador brasileiro da história do clube (apenas atrás dos 93 de Ronaldinho, dos 105 de Neymar e Evaristo e dos 130 de Rivaldo) e que está associado a uma enorme eficácia coletiva. De facto, os golos do antigo jogador do Leeds United costumam ser sinónimo de triunfo para o emblema de Arístides Maillol.
Se Raphinha marca, o Barça vence em 86,96% dos jogos
Os 60 golos de Raphinha desde a sua chegada ao clube no verão de 2022 aconteceram em 46 encontros. Destes, o Barça venceu uns impressionantes 40. Ou seja, sempre que o 11 marca, independentemente da competição, os culés triunfam em 86,96% das ocasiões. Só em seis jogos Raphinha marcou e o Barcelona não saiu vencedor.
Destes, três terminaram com igualdade no marcador (6,52%), um por temporada (exceto na atual época). Na época 2022/23, Raphinha marcou no empate 2-2 da sua equipa em casa frente ao Manchester United, na Liga Europa. Já em 2023/24, o brasileiro voltou a marcar num 2-2, desta vez fora de casa na LaLiga, frente ao Maiorca. Por fim, na época passada, o avançado também fez o gosto ao pé noutro 2-2 na LaLiga, desta vez em Balaídos, frente ao Celta.
Por outro lado, outros três duelos (6,52%) terminaram com derrota, apesar de Raphinha ter marcado. O primeiro foi o memorável 1-4 da Liga dos Campeões 2023/24, frente ao PSG, com o brasileiro a adiantar os seus e Ronald Araujo a deitar por terra as esperanças catalãs com um cartão vermelho infantil à meia hora de jogo.
Meses depois, Raphinha também marcou na derrota por 1-2 diante do Las Palmas, num daqueles jogos do fatídico final de 2024 para os catalães. Por fim, a outra derrota talvez tenha sido a mais dolorosa, pois aconteceu no 4-3 da segunda mão das meias-finais da Liga dos Campeões 2024/25, frente ao Inter de Milão.
Apesar disso, esses poucos deslizes não mancham o percurso de um Raphinha cujos golos valem mais de metade das vitórias do Barça. Um dado que, com o brasileiro a regressar ao seu melhor nível, só pode entusiasmar os adeptos culés para um 2026 em que a equipa de Flick voltará a ser um sério candidato a todos os títulos em disputa.