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Sentindo o golpe, mais anímico do que físico, da derrota na Liga dos Campeões, o Villarreal, ainda com Luiz Júnior na baliza, não começou bem frente ao Osasuna. Aos três minutos, os rojillos já tinham a sua primeira grande ocasião, quando Juan Cruz finalizou completamente sozinho um cruzamento preciso de Rubén García. O defesa central não colocou bem o corpo. Nem Víctor Muñoz quando Budimir o deixou também sozinho em frente à baliza.

Aos anfitriões custava muito criar futebol. Muita posse de bola, embora inútil do ponto de vista ofensivo. E os navarros ameaçavam com o seu jogo vertical. Mas a paciência é uma virtude, e à força de tocar e tocar, acabaram por se aproximar de Sergio Herrera. O guarda-redes osasunista teve de dar o melhor de si para evitar o golo. Primeiro, num mano a mano com Ilias. Depois, na ação seguinte, a defender remates do próprio Ilias e de Mikautadze. Três defesas em apenas um minuto para manter o resultado, mesmo antes da justa expulsão por duplo cartão amarelo do seu companheiro Rosier, que os deixou com 10.
São coisas do futebol. Naquela que tinha de ser a última jogada antes do intervalo, Thomas Partey atropelou de forma desajeitada Juan Cruz e tocou de seguida na bola com a mão. Dupla razão para assinalar um penálti que Budimir converteu para o 0-1.
Era de esperar que Marcelino e Lisci, um para atacar com 11 e outro para defender com 10, reestruturassem as suas equipas. O resultado, uma ofensiva total dos groguets contra o 5-3-1 dos rojillos. Herrera voltou a mostrar o quão bom guarda-redes é com mais uma grande defesa a um remate de Pau Navarro. Gueye mandou por cima um remate de cabeça. Era um claro assédio, mas sem concretização. O técnico local queimou as fichas com a entrada de Solomon, que fazia a sua estreia... e na primeira bola que tocou, o israelita fez uma assistência para o primeiro golo de Mikautadze.
O primeiro passo da reviravolta já estava dado, o do 1-1. Faltavam 20 minutos para completar a tarefa. E continuou a dar intensidade e ritmo para desestabilizar o adversário. Parecia uma questão de tempo até conseguirem... e chegou a cinco minutos do fim com um remate de Oluwaseyi que bateu nas costas do seu companheiro Gueye o suficiente para enganar Herrera e fazer o 2-1.
O Osasuna ainda teria a oportunidade de voltar a empatar, mas Luiz Júnior vestiu-se de herói para esquecer o seu erro custoso no estádio do Tottenham. Salvou sobre a linha um remate de Raúl García, cortou um cruzamento perigoso de Becker e voltou a negar o empate a Raúl García com a defesa da jornada.
