Recorde aqui as incidências do encontro
Com a corda ao pescoço e a pressão a aumentar, são poucas as hipóteses de sair ileso de uma situação de máxima exigência. Mas enquanto houver fôlego, existe sempre uma possibilidade. Ainda mais se te chamares Xabi Alonso ou Real Madrid. Tudo depende da atitude. E disso não faltou à equipa blanca em Mendizorroza, onde Mbappé regressou e o jovem da formação Víctor Valdepeñas se estreou. Ambos em grande destaque. O francês, porque depois de sofrer uma entrada dura logo no início, que o deixou a coxear durante alguns minutos, marcou o 0-1 ao terceiro remate em 23 minutos. O segundo, porque cortou dois lances perigosos na sua área ainda com o resultado empatado, permitindo aos colegas respirar e salvando Courtois.
Como referido, tudo começou com uma entrada forte dos merengues, cheios de dinamismo na circulação e muita mobilidade no trio ofensivo. A bola circulava tão rápido de jogador para jogador que o Alavés nem a via. E quando tentou sair do seu meio-campo, Mbappé apanhou-os em contra-ataque. O francês já soma 56 golos em 2025, tal como Cristiano Ronaldo. Os vitorianos escaparam por pouco ao segundo, de Bellingham, a quem a bola tocou na mão, anulando o remate que se seguiu.
A partir daí, como se já tivesse cumprido o essencial, o Real Madrid abrandou e cedeu o controlo. Güler desapareceu e os babazorros intensificaram o assédio, ficando cada vez mais perto do empate. Podiam tê-lo conseguido mesmo antes do intervalo, mas a cara de Courtois, sim, a cara, evitou o golo de Pablo Ibáñez. Assim se chegou ao descanso.
O recomeço trouxe novo ânimo. Valverde ameaçou com um remate de meia distância e Sivera justificou o ordenado e ainda ganhou uma cesta de Natal com uma dupla defesa de grande nível a Mbappé e Vinícius, este último até então muito apagado. Seguiram-se minutos de calma tensa, com uma posse de bola lenta do Madrid e as primeiras substituições escolhidas por Chacho Coudet. Apenas um minuto depois de entrar em campo, aos 68, Carlos Vicente ganhou as costas à defesa, evitou o fora de jogo e bateu Courtois para fazer o 1-1. Inicialmente anulado, o VAR validou o golo.
A expressão de Xabi Alonso dizia tudo. Mas antes de mexer na equipa com Gonzalo e Huijsen, apareceu o génio de Vinícius, que deixou Jonny para trás em velocidade e assistiu Rodrygo para o 1-2. De imediato, reorganizou a equipa com Asencio a lateral direito e Valverde, imagine-se, a lateral esquerdo. O goleador pouco mais ficou em campo, ele que não marcava na Liga desde 19 de janeiro, devido a problemas no gémeo.
Enquanto se adaptavam às novas posições, os albiazules aproveitaram para voltar a pressionar em busca do empate. Uma ousadia que abriu espaços para os contra-ataques de Vinícius, que ainda reclamou grande penalidade. Poderia ter sido assinalada, mas o VAR disse que não. Logo a seguir, entrou Mastantuono, que regressou após longa ausência. E apesar da pressão do Glorioso, a glória ficou para o Real Madrid, onde Xabi Alonso continuará como treinador.