Recorde as incidências do encontro
Intenso, vibrante, emocionante, cheio de alternativas e com reviravolta. Assim é um prazer dizer adeus à LaLiga até ao próximo ano, embora vá deixar saudades com jogos como este que Athletic e Espanhol proporcionaram no San Mamés. Especialmente pela primeira parte.

Desde o início percebeu-se que os leões queriam devorar os periquitos. Mas estes não viajaram até Bilbau para serem engolidos, mas sim para voar livres pela Catedral. Apesar do domínio local e constante, foi Roberto, aproveitando um mau alívio de Lekue, o primeiro a mostrar as suas asas. Logo a seguir surgiu a resposta dos rojiblancos, que encontraram um Dmitrovic excecional nos seus reflexos ao remate de Gorosabel. Seguiram-se muitos minutos de aproximações, na sua maioria dos anfitriões, que voltaram a esbarrar no guarda-redes adversário, com mais uma intervenção brilhante a negar o golo a Berenguer após uma excelente jogada de Nico Williams. Os colegas já deviam duas ao guarda-redes do Espanhol.
No entanto, nada pôde fazer quando, mais uma vez, Nico e Berenguer apareceram no ataque e este, perante a passividade de El Hilali, conseguiu colocar o 1-0 no marcador.
Para não ficar atrás do seu colega, Unai Simón teve de mostrar as suas qualidades entre os postes para evitar o empate de Edu Expósito. Não conseguiu, porém, fazer o mesmo com Carlos Romero, que assinou o 1-1 antes do intervalo. Um remate fantástico de fora da área do lateral esquerdo.

Após o recomeço, o Athletic voltou ao ataque porque não sabe jogar de forma especulativa. Ataca, ataca e volta a atacar. O problema surge quando não está afinado na finalização. Ou simplesmente quando os seus homens mais ofensivos, como Iñaki Williams, não estão em bom plano. E se se junta um erro grosseiro na defesa... Adama falhou e por ali apareceu Dolan para ficar com a bola e assistir Pere Milla, que colocou o 1-2. O avançado arriscou o físico nessa jogada e já não pôde continuar. Que último serviço do ano do catalão!
A partir daí, foi um querer e não poder da equipa de Ernesto Valverde, que abdicou dos irmãos Williams, perante uma defesa contrária muito bem organizada que protegeu Dmitrovic de forma eficaz. E o Espanhol não só aguentou bem, como ainda teve oportunidade, por Kike García, de ampliar a vantagem. Não foi necessário. As últimas tentativas de Rego, Guruzeta, Berenguer, Sancet ou Unai Gómez também não surtiram efeito.
Assim, o Espanhol venceu. É o seu quinto jogo consecutivo a somar os três pontos de uma só vez e está a dois da zona de Liga dos Campeões. Palavras de peso e duplo impacto, pois deixa um rival direto pela Europa, como o Athletic, em dificuldades, fechando 2025 com duas derrotas seguidas.

