LaLiga: Periquitos do Espanhol devoram o leão Athletic na jaula de San Mamés (1-2)

Carlos Romero instantes antes de marcar o 1-2
Carlos Romero instantes antes de marcar o 1-2 Juan Manuel Serrano Arce / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP

O Espanhol está a atravessar um momento doce. Mais doce do que o torrão de chocolate, que vai poder saborear com uma felicidade suprema. Fecha 2025 com mais uma vitória, a quinta consecutiva na LaLiga, que lhe permite chegar aos 33 pontos, apenas a dois do quarto lugar. Desta vez, a equipa de Manolo González fez o mais difícil, tendo de virar o resultado depois do golo inicial de Berenguer, com golos de Carlos Romero, mesmo antes do intervalo, e de Pere Milla, que se lesionou na jogada, pouco depois do início da segunda parte. O Athletic, por sua vez, volta a mergulhar num mar de dúvidas com a sua segunda derrota seguida.

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Intenso, vibrante, emocionante, cheio de alternativas e com reviravolta. Assim é um prazer dizer adeus à LaLiga até ao próximo ano, embora vá deixar saudades com jogos como este que Athletic e Espanhol proporcionaram no San Mamés. Especialmente pela primeira parte.

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Desde o início percebeu-se que os leões queriam devorar os periquitos. Mas estes não viajaram até Bilbau para serem engolidos, mas sim para voar livres pela Catedral. Apesar do domínio local e constante, foi Roberto, aproveitando um mau alívio de Lekue, o primeiro a mostrar as suas asas. Logo a seguir surgiu a resposta dos rojiblancos, que encontraram um Dmitrovic excecional nos seus reflexos ao remate de Gorosabel. Seguiram-se muitos minutos de aproximações, na sua maioria dos anfitriões, que voltaram a esbarrar no guarda-redes adversário, com mais uma intervenção brilhante a negar o golo a Berenguer após uma excelente jogada de Nico Williams. Os colegas já deviam duas ao guarda-redes do Espanhol.

No entanto, nada pôde fazer quando, mais uma vez, Nico e Berenguer apareceram no ataque e este, perante a passividade de El Hilali, conseguiu colocar o 1-0 no marcador.

Para não ficar atrás do seu colega, Unai Simón teve de mostrar as suas qualidades entre os postes para evitar o empate de Edu Expósito. Não conseguiu, porém, fazer o mesmo com Carlos Romero, que assinou o 1-1 antes do intervalo. Um remate fantástico de fora da área do lateral esquerdo.

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Após o recomeço, o Athletic voltou ao ataque porque não sabe jogar de forma especulativa. Ataca, ataca e volta a atacar. O problema surge quando não está afinado na finalização. Ou simplesmente quando os seus homens mais ofensivos, como Iñaki Williams, não estão em bom plano. E se se junta um erro grosseiro na defesa... Adama falhou e por ali apareceu Dolan para ficar com a bola e assistir Pere Milla, que colocou o 1-2. O avançado arriscou o físico nessa jogada e já não pôde continuar. Que último serviço do ano do catalão!

A partir daí, foi um querer e não poder da equipa de Ernesto Valverde, que abdicou dos irmãos Williams, perante uma defesa contrária muito bem organizada que protegeu Dmitrovic de forma eficaz. E o Espanhol não só aguentou bem, como ainda teve oportunidade, por Kike García, de ampliar a vantagem. Não foi necessário. As últimas tentativas de Rego, Guruzeta, Berenguer, Sancet ou Unai Gómez também não surtiram efeito.

Assim, o Espanhol venceu. É o seu quinto jogo consecutivo a somar os três pontos de uma só vez e está a dois da zona de Liga dos Campeões. Palavras de peso e duplo impacto, pois deixa um rival direto pela Europa, como o Athletic, em dificuldades, fechando 2025 com duas derrotas seguidas.

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