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Alonso, antigo médio do Liverpool e dos Blancos, viu no Campeonato do Mundo de Clubes nos Estados Unidos, este verão, que há muito trabalho a fazer, uma vez que o Paris Saint-Germain goleou o Real Madrid por 4-0 na meia-final.
"As coisas vão ser diferentes... estamos a começar do zero", disse Alonso, apesar de algumas das suas descobertas do torneio influenciarem, sem dúvida, a sua abordagem.
Os adeptos do Real Madrid também tiveram uma primeira amostra dos planos do técnico basco e do defesa inglês Trent Alexander-Arnold.
Alonso mostrou flexibilidade tática, utilizando tanto uma defesa com quatro como com três jogadores, enquanto o seu antecessor Ancelotti tendia a manter a defesa a quatro e era criticado por não ser suficientemente adaptável nos jogos.

Em contraste, Alonso estava ansioso por ajustar as coisas durante os jogos, se pudesse, incluindo o posicionamento dos seus jogadores, e queria convencer o seu plantel que todos devem ajudar na defesa e na pressão.
"Precisamos e queremos que todos defendam, os 11 jogadores em campo têm de estar envolvidos defensivamente", disse Alonso durante o torneio, questionado especificamente sobre Vinicius Junior e Kylian Mbappe.
"Eles têm de saber como queremos pressionar e, sem isso, as coisas serão muito complicadas", continuou Alonso.
"Vini, Jude (Bellingham), Fede (Valverde), Kylian, os da frente, a defesa também tem de pressionar".
Alonso está a procurar obter o equilíbrio que Ancelotti não conseguiu alcançar na última temporada após a chegada de Mbappé do PSG.
Embora a estrela francesa tenha marcado 43 golos sob o comando de Ancelotti, não foi suficiente para inspirar uma equipa de Madrid que terminou a época sem um troféu importante, enquanto o Barcelona recuperou a LaLiga como parte de um triplete nacional.
A doença de Mbappé com uma infeção estomacal impediu-o de participar nos jogos da fase de grupos do Mundial de Clubes, mas na sua primeira partida esteve na goleada do PSG.
"Temos de ser autocríticos, mas isso também nos servirá como um guia para sabermos onde precisamos de melhorar", disse Alonso.
Resta saber se Alonso conseguirá encontrar a fórmula para que Mbappé e Vinicius trabalhem juntos sem sacrificar muito a posse de bola, enquanto Rodrygo não parece fazer parte dos planos do treinador, desempenhando um papel secundário nos Estados Unidos.
Despedidas e caras novas
O Real Madrid vai para a temporada sem Luka Modric no plantel pela primeira vez em mais de uma década. A experiência e a qualidade do croata são uma grande baixa para uma equipa que carece de alguma habilidade no meio-campo.
A esperança dos Blancos é que o turco Arda Guler seja capaz de se desenvolver ali e se tornar um jogador capaz de controlar o ritmo de jogo.
"O treinador está a tentar fazer com que tenhamos mais controlo do jogo, e isso é melhor para mim", disse Guler.

O jogador de 20 anos deve ter muitas oportunidades de jogar no início da temporada, já que Jude Bellingham ficará afastado até meados de outubro após uma cirurgia no ombro para resolver um problema antigo.
Nessa altura, o recém-chegado e também internacional inglês Alexander-Arnold poderá já ter-se afirmado na equipa.
O lateral, que chegou do Liverpool antes do final do seu contrato para poder disputar o Campeonato do Mundo de Clubes, acrescenta mais qualidade ofensiva a um plantel madrileno repleto de qualidade.
O Real Madrid espera que Dean Huijsen possa ajudar a resolver alguns problemas na defesa, enquanto Carreras e Franco Mastantuono também se juntam, com os merengues a gastar mais de 170 milhões de euros este verão.
O regresso de Dani Carvajal após uma lesão prolongada no joelho é outra boa notícia para uma equipa de Madrid que precisa dela, depois de a temporada 2024-25 ter sido mais notável pelos ataques do clube aos árbitros do que pelo sucesso em campo.
Alonso, que espera jogar um jogo "ambicioso", com "emoção e energia", quer que o mundo volte a falar do futebol do Real Madrid.