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LaLiga: Sem pressa, mas Kumbulla, o Espanhol sonha com algo grande (1-0)

Kumbulla comemora o golo contra o Getafe
Kumbulla comemora o golo contra o GetafeÁlex Caparrós / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
O terceiro triunfo consecutivo do Espanhol não só o afasta definitivamente da despromoção, como também o coloca na luta por um lugar nas competições europeias, se continuar na mesma. Por enquanto, dorme com 38 pontos, apenas cinco pontos atrás do Maiorca, que ocupa o "lugar da Conferência". O Getafe, que teve Uche expulso na segunda parte, ainda tem um ponto de vantagem com um jogo a menos, mas parece ter perdido força com duas derrotas seguidas.

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Não faz muito tempo que Manolo González, nome pouco mediático para treinador, estava quase na rua porque o seu Espanhol não funcionava e ameaçava a despromoção. A decisão da direção, por convicção ou por falta de dinheiro para contratar um substituto, de o manter no cargo revelou-se a melhor possível. Porque os seus jogadores acreditaram e porque a chegada do antigo malaguenho Roberto Fernández, emprestado pelo SC Braga, lhes permitiu não só escapar ao perigo, mas até sonhar com a Europa. E não é descabido pensar que o oitavo classificado vai disputar a competição continental.

Pontuações dos jogadores
Pontuações dos jogadoresFlashscore

Pode não ser uma equipa bonita de se ver, mas a opinião muda quando a vemos sair em contra-ataque e com espaço. Desta vez, porém, o seu adversário, o Getafe, não os deixou correr na primeira parte. Coisa de Bordalás. Por isso, tiveram de tentar de outra forma. Nas bolas paradas, por exemplo. Os azulones são especialistas na matéria, mas tomaram do seu próprio remédio em Cornellà. Um pontapé de canto cobrado por Expósito acabou nos pés de Kumbulla, que reagiu rapidamente e rematou com o pé esquerdo ao ângulo superior para fazer o 1-0 na reta final da primeira parte.

Antes disso, o Geta, na ausência do futebol de Luis Milla, tinha beneficiado de sete cantos, embora só tivesse tido uma grande oportunidade que foi defendida por Joan Garcia, depois de Terrats ter controlado e finalizado na pequena área. Houve mais ação, não demasiada porque as interrupções eram constantes.

Era evidente que alguma coisa tinha de mudar para os visitantes se quisessem levar alguma coisa do Estádio RCDE. Álvaro Rodríguez substituiu o inutilizado Bertug e, com ele em campo, a pressão e a ofensividade eram evidentes. Pouco depois, quase marcaram um golo, com um cabeceamento de Arambarri que foi defendido a meias por Joan García e pela trave. Mas tudo se desmoronou quando Uche foi expulso. Uma expulsão muito clara, por sinal.

A partir daí, a iniciativa voltou a ser do Espanhol, que acumulou e desperdiçou em igual medida todas as oportunidades que teve na baliza de David Soria. Sucediam-se as recuperações e os contra-ataques, mas sem eficácia. Bordalás arriscou no final com uma tripla substituição, retirando Álvaro, entre outros, que saiu com a cara desconcertada, entre zangado e surpreendido. Mas nem Juanmi nem Borja Mayoral conseguiram empatar a partida.

No final, Cheddira viu o 2-0 ser anulado por fora de jogo. O Espanhol não sentiu a falta dele, mas respira aliviado por estar no caminho certo para permanecer na LaLiga.