Dois estreantes na Liga dos Campeões que aproveitaram a época passada, nos seus campeonatos, a má forma dos grandes clubes habituados a desfilar o seu nome na Europa.
Em Espanha, o Sevilha, que disputou a Liga dos Campeões da época passada e conta com sete títulos da Liga Europa, o último dos quais conquistado em 2023, terminou no 14.º lugar da LaLiga, longe dos lugares que lhe dão acesso ao Velho Continente. Enquanto isso, o Villarreal, vencedor da Liga Europa em 2021 e semifinalista da Liga dos Campeões um ano depois, terminou em oitavo lugar.
Algo semelhante aconteceu em Itália. O Nápoles, campeão do Scudetto em 2022/23 e quartos-de-finalista da Liga dos Campeões, terminou a época num incompreensível décimo lugar. Esta época, está a lutar pelo primeiro lugar. Já a Roma, que foi vice-campeã da Liga Europa em 2023 e venceu a Liga Conferência há um ano, terminou em sexto lugar, apesar de contar com Dybala, Pellegrini e Lukaku nas suas fileiras.
As baixas depois de um grande ano
A estreia na Liga dos Campeões trouxe mudanças no elenco. O Bolonha perdeu dois dos seus principais jogadores. Riccardo Calafiori foi para o Arsenal e Joshua Zirkzee para o Manchester United. Além disso, Saelemaekers regressou a Milão após o seu empréstimo e os rossoneri enviaram-no por empréstimo à Roma. Outros jogadores importantes, como Giovanni Fabbian, Remo Freuler e Riccardo Orsolini, permaneceram no clube. Entre outros, chegaram Juan Miranda, Pobega, Dallinga e Benjamín Domínguez.
O Girona também perdeu jogadores importantes. Aleix García foi para o Bayer Leverkusen, Savinho para o Manchester City, Yan Couto para o Borussia Dortmund e Artem Dovbyk para a Roma. Tal como a sua congénere italiana, a equipa de Girona perdeu muito potencial depois de uma grande época. Seguiram-se Miguel Gutiérrez ou Tsygankov e chegaram Bryan Gil, Abel Ruiz, Van de Beek ou Asprilla.
A Liga dos Campeões, uma luta difícil
A estreia do Bolonha e do Girona na principal competição continental foi difícil. Ambas as equipas pagaram o preço, e parece que, em termos de plantel, poderiam estar mais acima na tabela.
Os italianos dependem de um milagre se quiserem chegar aos oitavos de final, depois de dois empates sem golos (contra o Shakhtar Donetsk e o Benfica) e de terem perdido quatro jogos: Liverpool (2-0), Aston Villa (2-0), Mónaco (0-1) e Lille (1-2).
Os espanhóis também têm uma pequena hipótese, mas é igualmente difícil para eles. Ganharam apenas um jogo, contra o Slovan Bratislava (1-0) e perderam cinco: PSG (1-0), Feyenoord (2-3), PSV Eindhoven (4-0), Sturm Graz (1-0) e Liverpool (0-1).
Tanto o Girona como o Bolonha tiveram um início de campeonato inconsistente, mas já encontraram o seu lugar e estão a rondar os lugares da Liga Europa. A qualificação para esta competição seria um excelente resultado, apesar de vir da Liga dos Campeões. O Girona terminou o ano em oitavo lugar, com 25 pontos, os mesmos que Real Sociedad, Betis e Osasuna, e a cinco pontos do sexto classificado Mallorca. A equipa de Míchel conquistou 13 dos seus últimos 21 pontos.
O Bolonha, por seu turno, é sétimo com 28 pontos e, com um jogo a menos, está a quatro pontos da Juventus, que ocupa o sexto lugar com 32. A equipa de Vincenzo Italiano perdeu o seu último jogo de 2024 contra o Verona, apenas a sua terceira derrota na Serie A. Antes disso, a equipa tinha conquistado 16 dos seus últimos 21 pontos.