O avançado, de 28 anos, perdeu a vida num acidente de avião sobre o Canal da Mancha em janeiro de 2019, quando se dirigia para o Cardiff City, clube para o qual tinha sido transferido desde o FC Nantes. Não chegou a tempo de disputar qualquer jogo pelo novo clube.
O clube galês recorreu ao tribunal de comércio de Nantes em 2023 para exigir uma indemnização pelas perdas de receitas e outros danos sofridos devido ao falecimento do jogador.
"Esta audiência representa um novo passo rumo à descoberta da verdade sobre este caso e ao reforço da responsabilidade no mundo do futebol. O objetivo deste processo não é prejudicar o futebol: pretende-se proteger a sua integridade", afirmou o Cardiff City Football Club em comunicado à AFP.
O Cardiff City defende que o FC Nantes, através do seu agente Willie McKay, foi o responsável pela organização do voo privado em que o futebolista embarcou e que, embora o Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) tenha considerado o transfer efetivo no momento do acidente, o que está em causa é precisamente a organização desse voo.
Por sua vez, o FC Nantes contesta "a existência de qualquer culpa, a ligação causal entre eventuais faltas e o dano, e, por fim, o próprio prejuízo", declarou à AFP o círculo próximo de Waldemar Kita, presidente do FCN.
Noutro processo relacionado com o litígio entre os dois clubes, o Tribunal Arbitral do Desporto considerou em 2022 que a transferência do jogador estava concluída no momento da sua morte.
Em 2023, o tribunal do futebol da Federação Internacional (FIFA) ordenou ao Cardiff que pagasse ao FC Nantes o valor remanescente da transferência do jogador argentino, que na altura ascendia a pouco mais de 11 milhões de euros, de um total de 17 milhões.