O Paris Saint-Germain aposta forte no guarda-redes do Lille, Lucas Chevalier (23 anos), anunciado como uma futura estrela e contratado a preço de ouro, enquanto empurra Gianluigi Donnarumma para a saída, protagonista na histórica temporada dos campeões da Europa.
Chevalier assinará por cinco temporadas numa transferência de cerca de 40 milhões de euros, segundo uma fonte próxima das negociações. Espera-se que faça os exames médicos já esta sexta-feira, 8 de agosto, antes de assinar contrato.
De personalidade tranquila, que combina a modéstia de um novato com a legítima ambição de melhorar, disputou 127 partidas pelo Lille, mas mostrou estar à altura nos 10 jogos que fez na Liga dos Campeões na temporada passada. Destacou-se especialmente nas grandes vitórias contra o Real Madrid (1-0) e o Atlético de Madrid (3-1).
A uma semana do início da Ligue 1, a sua chegada levanta muitas questões, após uma grande temporada de Donnarumma. Quem será o número um? O PSG vai reacender a guerra de guarda-redes?

Overbooking na baliza
Além de Chevalier e Donnarumma, o plantel principal do PSG conta como guarda-redes com o russo Matvei Safonov, contratado na temporada passada, e o espanhol Arnau Tenas, no clube desde 2023. O overbooking é completado pelo ítalo-brasileiro de 19 anos Renato Marin, contratado a 17 de julho vindo da Roma.
Embora Luis Enrique não faça exceções na baliza à sua política de competição por cada posição, Chevalier teria recebido garantias do diretor desportivo, Luis Campos, sobre o estatuto que o espera em Paris, em que passaria a ser o titular e Donnarumma o suplente.
Uma posição inaceitável para o internacional italiano, que foi decisivo na conquista da Liga dos Campeões, especialmente contra o Liverpool, o Aston Villa e o Arsenal, e que melhorou muito no jogo com os pés, o seu calcanhar de Aquiles no futebol promovido pelo treinador Luis Enrique, uma área em que Chevalier se mostra mais seguro.
Renovação estagnada de Donnarumma
Mas Gigi entrou no último ano do seu contrato, que termina em junho de 2026. As negociações para uma extensão prolongaram-se durante toda a temporada sem que se chegasse a um acordo, enfrentando-se particularmente à política salarial que o PSG deseja mudar: mais prémios por resultados e menos salário fixo.
Condições que o italiano e o seu entorno não teriam aceitado e que se somam à relutância da direção parisiense em iniciar um novo ciclo de três ou cinco anos com Donnarumma.
A coabitação entre ambos os guarda-redes, pelo menos durante o início da temporada, não está excluída, embora seja uma situação que nunca deu frutos ao clube.
A concorrência entre Donnarumma, já presente, e Keylor Navas na temporada 2021-2022 pesou muito no ambiente sem permitir que nenhum dos dois guarda-redes se afirmasse. A cada pequeno erro de um, ressurgia o debate sobre a alternância entre o italiano, que jogou 24 partidas durante a temporada, e o costa-riquenho (26).
Portanto, o futuro de Gigio parece estar longe de Paris. A Premier League é a opção mais provável, com ambos os clubes de Manchester, City e United, à procura de guarda-redes e com interesse por parte do Chelsea.
Apesar dos serviços prestados, Donnarumma deve decidir, pois o PSG aposta agora o futuro da sua baliza nas luvas de Lucas Chevalier.