Metz 2-3 Paris SG
O que poderia ser melhor do que um duelo entre extremos para a última jornada da Ligue 1 em 2025? Último classificado após um breve momento de esperança, o FC Metz já esperava somar a quarta derrota consecutiva. Isto porque o Paris Saint-Germain apresentava-se determinado a vencer enquanto aguardava um deslize do Lens. Restava a gloriosa incerteza do desporto...
No entanto, essa incerteza foi-se dissipando à medida que se instalava o clássico "ataque-defesa", naturalmente em benefício dos parisienses. Muitos cruzamentos, tentativas de desequilíbrio... tudo isto para quase inaugurar o marcador num lance de bola parada, quando Gonçalo Ramos, servido por Vitinha, esbarrou num Jonathan Fischer que deu o corpo para evitar o golo (17').
O Paris SG mostrava-se algo preso, com dificuldades em combinar de forma eficaz, sem conseguir encontrar o caminho para o golo. Assim, o Paris SG recorreu ao seu trunfo: Gonçalo Ramos, num canto muito bem trabalhado a dois, aproveitou o cruzamento de Lee Kang-in e, de cabeça, bateu uma defesa do Metz subitamente apática (31').
Um golo que desbloqueou o encontro. Mas foi novamente o Paris SG, por Ramos, que esteve perto do 0-2, com o português a não conseguir espaço para rematar após ultrapassar o guarda-redes. Foram, no entanto, os Titis a aumentarem a vantagem quando Ibrahim Mbaye deixou o adversário para trás na ala esquerda e cruzou para Quentin Ndjantou, que assim marcou o seu primeiro golo na Ligue 1 (39').
Mas logo a seguir, o Paris SG relaxou, e quando Giorgi Tsitaichvili e Habib Diallo pareciam atrapalhar-se a poucos metros da baliza, o alívio da defesa parisiense encontrou... Jessy Deminguet, que disparou um remate fortíssimo e fez explodir o Saint-Symphorien, com os adeptos a celebrarem o facto de os seus Grenats continuarem na luta ao intervalo (1-2).
O jogo transformou-se subitamente numa armadilha para o Paris SG, que se esforçou para tentar voltar a ter dois golos de vantagem no início da segunda parte. Fischer opôs-se rapidamente a Ndjantou e depois a Ramos (52'), sinal da vontade parisiense. Mas os jogadores do Metz não tinham baixado os braços, sobretudo Habib Diallo, que rematou de primeira e ficou muito perto do empate (59'). Depois, Koffi Kouao voltou a obrigar Matveï Safonov a intervir, mas no contra-ataque, Désiré Doué, lançado nas costas da defesa, deu finalmente algum alívio aos parisienses (63').
Um duro golpe para os Grenats, que acreditaram ter hipótese de empatar. Ainda para mais, Luis Enrique lançou um banco de luxo, e o Paris SG já não queria largar a vitória, com Mbaye a acertar na barra antes de uma defesa monumental de Fischer a remate de Doué (71'). Depois foi Bradley Barcola a rematar em arco por cima e o Metz começava a temer sofrer uma goleada.
Mas quem conhece os lorenenses sabe que não desistem e voltaram a incendiar o Saint-Symphorien graças a Giorgi Tsitaichvili, que protagonizou uma jogada individual brilhante, combinando com Gauthier Hein, antes de bater Safonov (81').
Será que o impensável ia acontecer? O Metz lançou todo o banco de uma só vez para tentar resgatar um ponto. Mas não conseguiu, apesar de os lorenenses terem sido notáveis na entrega até ao fim. O Paris SG acaba por vencer com dificuldade 2-3, um triunfo fundamental que permite aos parisienses recuperar a liderança da Ligue 1 e pressionar o Lens, que joga no domingo. Mas o Paris SG sai desgastado e com uma Taça Intercontinental para disputar esta semana, há que ter cuidado com o desgaste. Para o Metz, ficam alguns lamentos, pois os Grenats deram luta aos campeões de França. Um bom sinal para o que aí vem...
