Recorde as incidências da partida
O treinador português do Olympique Lyon, Paulo Fonseca, que enfrenta uma pesada suspensão, poderá ser notificado da sua sanção no final da reunião de quarta-feira, disse a mesma fonte.
Em 2016, Nabil Dirar, do Mónaco, contestou uma decisão do árbitro Tony Chapron, com quem também se encontrou frente a frente, antes de ser expulso e depois suspenso por oito jogos. De acordo com a LFP, a suspensão pode durar até sete meses, o que significaria o fim da temporada de Fonseca na Ligue 1.
O incidente ocorreu durante os descontos do jogo Lyon-Brest no Estádio Groupama, na 24.ª jornada da Ligue 1. O árbitro Bastien Millot chamou o VAR após uma ação litigiosa na área do Lyon, mas expulsou Fonseca, que estava muito agitado à beira do campo.
O treinador português dirigiu-se então ao árbitro com um ligeiro toque, gritando com ele, antes de ser contido pelo seu jogador Corentin Tolisso e depois por membros da sua equipa. Após o jogo, o português pediu desculpa.
"Queria pedir desculpa por aquele gesto. Não devia ter feito aquilo. Essa é a verdade", disse.
Bastien Millot denunciou a "intimidação física" de Fonseca numa entrevista publicada ao jornal L'Équipe.
O sindicato dos árbitros de futebol de elite (SAFE), por seu lado, protestou contra "um ato de brutalidade", apelando a sanções "proporcionais a este ato extremamente grave".
O incidente surge numa altura de grande tensão em torno do organismo de arbitragem, na sequência de declarações do presidente do Marselha, Pablo Longoria. O dirigente, furioso com a arbitragem, falou de "corrupção" após a derrota da sua equipa por 3-0 frente ao Auxerre, na semana passada. Ele foi suspenso por 15 jogos pelo comité disciplinar da LFP.
As declarações de Pablo Longoria suscitaram protestos e foram denunciadas pela ministra do Desporto, Marie Barsacq, pelo presidente da Federação Francesa de Futebol, Philippe Diallo, e pelo diretor de arbitragem, Antony Gautier, entre outros.