Uma recuperação diante do Tottenham (2-2), seguida de uma vitória nos penáltis por 4-3, uma vitória por 1-0 sobre o Nantes em La Beaujoire, graças ao golo de Vitinha aos 67 minutos, e um último triunfo em casa por 1-0 sobre o Angers, graças a Fabian Ruiz no início do segundo tempo, é o que o Paris Saint-Germain pode oferecer após três jogos em todas as competições.
Embora os resultados e a forma como os jogos decorreram possam ser motivo de preocupação, convém recordar que os jogadores retomaram os treinos a 6 de agosto, três semanas e meia após a final do Campeonato do Mundo de Clubes e, mais importante ainda, apenas uma semana antes do jogo contra os Spurs. Não é por acaso, portanto, que os parisienses começaram a nova temporada em modo diesel, e que as vitórias foram alcançadas graças à sua capacidade técnica e força mental.
Todas as vitórias são importantes
Com vitórias apertadas sobre os Canaris e depois sobre o SCO, o PSG pode animar-se com o facto de ter conquistado o máximo de pontos em duas jornadas. Em todas as ocasiões, o PSG teve dificuldades no primeiro tempo, principalmente em termos físicos, quando os adversários estavam com 100% da força, até que finalmente conseguiu recuperar no segundo tempo. A capacidade de manter a bola alta e de exercer uma pressão intensa durante todo o jogo são os ingredientes que continuaram a ajudar os parisienses a vencer no início do ano. Para Luis Enrique, não se trata de mudar uma fórmula vencedora, mesmo que seu plantel não esteja completamente pronto fisicamente.
Jogar contra blocos baixos nunca é fácil, e é o treinador espanhol quem o diz. Na sala de conferências de imprensa do Parque dos Príncipes, na sexta-feira à noite, Lucho não parou de repetir a dificuldade de jogar contra equipas que se fecham no seu meio-campo e que nos atacam quando podem em transição. Nunca é fácil manter a bola, evitar erros técnicos, recuperar-se rapidamente e, acima de tudo, ter a paciência de virar a bola e trabalhar duro para abrir a defesa do adversário.
Especialmente porque o treinador não teve em conta um fator importante contra o SCO: o estado do relvado. Algo que Luis Enrique não podia prever, como insistiu aos jornalistas: "O resultado do jogo foi positivo. Já expliquei as dificuldades que podemos ter neste tipo de jogo, contra adversários que defendem com um bloco baixo. No entanto, o pior foi o estado do relvado. É por isso que tenho de felicitar os meus jogadores, porque não os tinha preparado para isso. Jogamos com confiança e conseguimos uma vitória merecida.
No início desta semana, o Le Parisien explicou que o clima quente do verão na capital levou à mudança de aparência que todos viram no Parc des Princes. O PSG mudou o seu relvado no final da época passada e o crescimento, que estava previsto, foi dificultado pela vaga de calor. Segundo o diário francês, o relvado escolhido é adequado para temperaturas entre os 10 e os 25 graus. No entanto, assim que a temperatura ultrapassa os 30 graus, a relva sofre.
Este fenómeno deverá atenuar-se nos próximos dias, com o regresso da chuva e de temperaturas muito mais baixas. Em todo o caso, se há uma coisa que se pode dizer do início da época para o clube da capital é que não há vitórias pequenas. Diante das exigências do calendário, do retorno antecipado às competições, de uma pré-temporada reduzida e do relvado do Parc des Princes, o PSG conseguiu conquistar seis pontos em seis. Um bom resultado, portanto, como diria Luis Enrique, porque não ficou atrás da concorrência e o plantel pode continuar a trabalhar com calma, antes de atingir rapidamente a velocidade de cruzeiro. Não esqueçamos os objectivos fixados pelo treinador asturiano: conquistar dois títulos consecutivos da Liga dos Campeões. Para isso, é melhor ir com calma no campeonato.