"O que aconteceu na sexta-feira foi extremamente grave e violento, algo inédito. Tivemos de tomar uma decisão depois de um acontecimento que ultrapassou os limites aceitáveis num clube de futebol, como em qualquer organização", explicou Pablo Longoria, referindo-se a "uma decisão que protege a instituição, que protege a época".
"Eu não estava no balneário. Mas o que posso dizer é que tudo o que me foi dito pelo pessoal, tanto desportivo como não desportivo, é que foi algo inédito, violento, muito agressivo e que ultrapassou todos os limites", insistiu o dirigente espanhol.
"Roberto De Zerbi é treinador há 13 anos, Medhi Benatia está no futebol de alta competição desde os 22 anos e eu comecei no futebol profissional há 20 anos. Penso que nós os três temos experiência suficiente para dizer que nunca vimos nada como isto num balneário", acrescentou.
Na sexta-feira à noite, o Marselha foi derrotado por 1-0 pelo Rennes na primeira jornada do Ligue 1. O clima pós-jogo no balneário marselhês foi extremamente tenso, com uma séria discussão entre Adrien Rabiot (30 anos, 53 partidas pela seleção) e o jovem inglês Jonathan Rowe.
Na segunda-feira, os dois jogadores foram afastados temporariamente da equipa principal. Na terça-feira,o Marselha anunciou que ambos tinham sido colocados na lista de transferências.
Rowe, que jogou pouco na última temporada, deveria sair de qualquer maneira. Mas a decisão de prescindir de Rabiot, figura incontornável da seleção francesa e que realizou uma excelente primeira época no Marselha (9 golos e 4 assistências em 29 jogos do campeonato), foi uma grande surpresa.
"Acham que eu, enquanto presidente do Marselha, estou contente por estar neste tipo de situação com um dos jogadores mais bem sucedidos da época passada, que apresentei como exemplo? Francamente, enquanto clube, somos as vítimas da situação. Somos vítimas de uma situação, de uma luta sem limites, que é completamente inédita no mundo do futebol", declarou Longoria.