Crystal Palace 0-1 AEK Larnaca
O Crystal Palace viu o seu primeiro jogo em casa na fase principal de uma grande competição europeia ser estragado pelo AEK Larnaca, que conseguiu uma surpreendente vitória no Selhurst Park.
No fim de semana anterior, as atenções no Palace tinham sido todas para Jean-Philippe Mateta, que marcou um hat-trick num empate 3-3, mas também falhou uma oportunidade incrível para dar a vitória à equipa no último lance do jogo. Talvez ainda a pensar nesse erro, Mateta desperdiçou uma oportunidade ainda maior nos primeiros minutos deste jogo, ao rematar mal uma bola que Zlatan Alomerović deixou cair aos seus pés, mandando-a ao chão e para a barra a apenas seis metros da baliza. Sem Adam Wharton no meio-campo, o Palace revelou por vezes alguma falta de criatividade, evidenciada por um remate desesperado de Jaydee Canvot de 40 metros, que passou apenas ligeiramente ao lado, mas mostrava claramente o desespero da equipa.
A primeira parte foi essencialmente de contenção para o Larnaca, que com um bloco baixo conseguiu frustrar os Eagles e chegar ao intervalo com a baliza inviolada. A resistência defensiva deveria ter sido quebrada logo aos cinco minutos do segundo tempo, quando um canto curto bem trabalhado terminou com Will Hughes a colocar uma bola perfeita para a cabeça de Maxence Lacroix, mas o cabeceamento passou por pouco ao lado. Pouco depois, um erro defensivo do Palace permitiu a Riad Bajić ficar isolado, e o avançado não desperdiçou, rematando com potência para o ângulo superior da baliza de Dean Henderson, dando vantagem ao Larnaca.
O treinador do Palace, Oliver Glasner, decidiu reagir e lançou Eddie Nketiah no lugar de um dos três centrais. O antigo avançado do Arsenal criou uma oportunidade fantástica para o Palace empatar, ao cruzar para Mateta, mas o remate potente foi bloqueado por Alomerović à queima-roupa. As oportunidades continuaram a surgir para o Palace, com Nketiah a desperdiçar outra, cabeceando ao lado de um passe milimétrico de Hughes.
Quando Mateta não conseguiu tocar na bola enviada por Wharton e Nketiah apenas rematou para o ar a curta distância da baliza, ficou claro que aquela noite não seria do Palace. A derrota confirmou-se, marcando o primeiro desaire em casa desde fevereiro. O Larnaca, que até então nunca tinha vencido fora de casa em jogos europeus, acabou por quebrar essa sequência de forma espetacular, no reduto da equipa favorita à vitória na competição.
Rapid Viena 0-3 Fiorentina
A Fiorentina, duas vezes finalista nesta competição, dominou a posse de bola nos minutos iniciais e por um instante pensou que se adiantava antes dos quatro minutos, quando o guarda-redes da casa, Niklas Hedl, não conseguiu agarrar a bola. Ange Ahoussou salvou o seu companheiro por duas vezes, afastando em cima da linha, evitando assim o golo de Mattia Viti e do veterano Edin Dzeko, de 39 anos.
Pouco depois, Dzeko foi decisivo no primeiro golo: o seu remate rasteiro foi defendido por Hedl e a bola ficou nos pés de Cher Ndour, que marcou o seu segundo golo da época depois de já ter marcado frente ao Sigma Olomouc na 1.ª jornada.
Na outra baliza, um passe impreciso de Dzeko podia ter dado a Nikolaus Wurmbrand a oportunidade de empatar, mas o seu remate saiu fraco para as mãos de David De Gea. Apesar de a reação da equipa austríaca após o 0-1 ter sido positiva, nunca chegou a criar verdadeiros problemas ao experiente guarda-redes espanhol antes do intervalo.
Curiosamente, a Fiorentina foi sancionada por dois lançamentos laterais incorretos na primeira parte, mas podia ter ido para o intervalo com uma vantagem de 0-2 quando Niccolo Fagioli, o jogador mais destacado da primeira parte, fez um passe sensacional por cima da defesa do Rapid, mas Roberto Piccoli não acertou na baliza depois de se isolar perante o guarda-redes.
O Rapid, que na época passada chegou aos quartos-de-final da Liga Conferência, regressou do intervalo com o mesmo onze inicial. No entanto, o adversário ampliou a vantagem cedo na segunda parte: Ndour conduziu a bola e assistiu o jovem Niccolo Fortini, cujo cruzamento foi finalizado de forma excelente por Dzeko.
Por fim, o treinador do Rapid, Peter Stoger, recorreu ao banco e lançou Tobias Gulliksen e Jonas Auer para os lugares de Wurmbrand e Bendeguz Bolla pouco depois da hora de jogo. Mas foi Matthias Seidl quem obrigou De Gea a intervir pela primeira vez com uma grande defesa, desviando o remate do capitão da casa para a barra.
Esse momento foi apenas um mero acaso, já que a Fiorentina soube gerir a reta final e sentenciou o jogo com um remate preciso do suplente Albert Gudmundsson.