Recorde as incidências da partida
Roberto Martínez, selecionador nacional, fez duas alterações na equipa de Portugal, com Vitinha e Francisco Conceição nos lugares de Ruben Neves e Trincão, mantendo João Neves como lateral-direito. Do lado de Espanha, igualmente dois nomes novos no onze, em relação ao jogo com França, com Mingueza e Fabián Ruiz a titulares.
Neves, do perigo ao pesadelo
A primeira ocasião de perigo pertenceu a Portugal, logo aos 5 minutos, e na sequência de um canto estudado, conquistado por Pedro Neto: Francisco Conceição tocou curto para Bruno Fernandes, que cruzou para João Neves, num remate cruzado e entolado, rematar ao lado.
Respondeu a Espanha, de bola parada, aos 14 minutos, com Lamine Yamal, de livre direto, a atirar muito por cima da baliza de Diogo Costa. Dois minutos depois, Nico Williams fugiu pela esquerda e cruzou para Pedri rematar a rasar o poste esquerdo da baliza lusa. No minuto seguinte, novamente Nico Williams, em cima de João Neves, a derivar para o meio e a atirar em arco, por cima da baliza de Diogo Costa.
Pura classe no 0-1
Depois de tantos avisos, a Espanha inaugurou o marcador aos 21 minutos: a jogada nasce num toque de classe de Oyarzabal, tirando Gonçalo Inácio do lance, e culminou com Lamine Yamal a picar a bola para a área, onde Zubimendi, após um ressalto, num desentendimento entre João Neves e Diogo Costa, rematou para o 0-1.
Aos 26 minutos Nico Williams voltou a fugir pela esquerda, valendo Ruben Dias, a cortar e a ainda evitar o canto, enviando a bola contra o adversário.
Empate à lei da bomba
A resposta portuguesa chegou um minuto depois e... à bomba. Cristiano Ronaldo trabalhou dentro da área, deixou para Pedro Neto no flanco, que viu a entrada de Nuno Mendes e serviu o lateral-esquerdo, que encheu o pé para bater Unai Simón e assinar o 1-1 em Munique.
A Espanha não acusou o golo e, aos 29 minutos, Lamine Yamal lançou a corrida de Nico Williams, valendo a saída de Diogo Costa, a importunar o extremo do Athletic Bilbao.
Golo em cima da pausa
Em cima do intervalo, num lance em que Portugal ficou a pedir falta sobre Bernardo Silva, Pedri serviu Oyarzabal que, com Gonçalo Inácio pela frente, desviou o suficiente para bater Diogo Costa e fazer o 1-2.
Semedo e Rúben Neves lançados
Para a segunda parte Roberto Martínez tirou João Neves e Francisco Conceição, lançando Nélson Semedo e Rúben Neves, e logo aos 49 minutos Pedro Neto lançou Bruno Fernandes, que rematou de pronto, surpreendendo Unai Simón, num golo também rapidamente invalidado por fora de jogo do médio do Manchester United.
Respondeu a Espanha, aos 56', com um remate de meia distância de Fabián Ruiz, após perda de bola de Cristiano Ronaldo, com Diogo Costa, atento, a desviar.
O regresso do rei
E numa altura em que o jogo estava mais adormecido, eis que Nuno Mendes voltou a sacar um coelho da cartola, aos 61 minutos, quando ultrapassou Lamine Yamal, acelerou e cruzou para Cristiano Ronaldo, perante Cucurrella, desviar ao segundo poste e fazer o 2-2, o oitavo da sua conta pessoal nesta Liga das Nações.
Voltou a reagir a Espanha, com Pedri, aos 64 minutos, a encher o pé para corte providencial de... Nuno Mendes, desviando para canto. Aos 69' foi Nico Williams a rematar ao lado.
Dança dos bancos
Aos 74 minutos Roberto Martínez voltou a mexer, e em dose dupla, lançando Renato Veiga e Rafael Leão nos lugares de Gonçalo Inácio e Bernardo Silva. Do lado da Espanha, foram Isco e Mikel Merino as apostas de De la Fuente, para os lugares de Pedri e Fabián Ruiz.
Aos 77 minutos Lamine Yamal testou a pontaria, com remate para Diogo Costa encaixar com segurança, com o guarda-redes de Portugal a brilhar aos 83 minutos, voando para negar o golo a Isco. Aos 84 minutos foi Renato Veiga a brilhar, com grande corte após Oyarzabal picar a bola sobre Diogo Costa, mas já com lance anulado por fora de jogo.
Aos 88 minutos Cristiano Ronaldo caiu no relvado, saiu com queixas físicas, passando a braçadeira de capitão a Bruno Fernandes, antes de dar o lugar a Gonçalo Ramos. Aos 90+2', de livre, após falta de Le Normand sobre Rafael Leão, Bruno Fernandes bateu para Unai Simón desviar.
Ar fresco para Espanha
A final da Liga das Nações foi mesmo para prolongamento, onde Nélson Semedo, aos 92 minutos, desviou ao lado da baliza de Unai Simón, após combinação entre Rafael Leão e Nuno Mendes.
Logo depois Luis de la Fuente mexeu, lançando Álex Baena e Pedro Porro, nos lugares de Mingueza e Nico Williams, e aos 98 minutos Cucurella, após alívio deficiente de Renato Veiga, atirou por cima da baliza de Diogo Costa. Aos 99' Nuno Mendes tirou mais uma arrancada, tirou vários adversários da frente e caiu na grande área, pedindo penálti, instalando-se enorme confusão no relvado e também na bancada, com a queda de um adepto, que precisou de auxílio médico, do segundo anel para a zona da imprensa, atrás dos bancos de suplentes. O VAR ainda verificou um potencial vermelho, mas o árbitro ficou-se pelos amarelos a Nuno Mendes e Álex Baena.
Aos 104 minutos, em novo livre estudado, Nuno Mendes surgiu a servir Rúben Dias, mas o lance foi anulado por fora de jogo. Já um minuto para lá dos 105', Lamine Yamal rematou para defesa segura de Diogo Costa.
Para a segunda parte do prolongamento, Luis de la Fuente tirou Lamine Yamal e lançou Yeremy Pino, com Roberto Martínez em apostar em Diogo Jota no lugar de Pedro Neto. Aos 108' Pedro Porro tentou um chapéu a Diogo Costa, com a bola a sair por cima, antes de Morata entrar no lugar de Oyarzabal, aos 111'. Aos 113', após cruzamento de Álex Baena, Yeremy Pino cabeceou desviado, importunado por Nuno Mendes. Aos 120+1' ainda surgiu Diogo Jota a cabecear, mas por cima, e o jogo foi mesmo para grandes penalidades.
A lotaria final
Na decisão da marca dos 11 metros, batida para a baliza onde estavam os adeptos portugueses, Gonçalo Ramos marcou, tal como Mikel Merino. O segundo jogador português foi Vitinha, também a marcar, antes de Álex Baena, que enganou Diogo Costa. Seguiu-se Bruno Fernandes, a fazer o 3-2, e depois Isco, com Diogo Costa ainda a tocar mas sem evitar o 3-3. Foi depois a vez de Nuno Mendes, sem hipóteses para Unai Simón, e de Álvaro Morata, para defesa de Diogo Costa. Rúben Neves, no penálti decisivo, não tremeu e deu a segunda Liga das Nações no palmarés de Portugal.
Homem do jogo Flashscore: Nuno Mendes (Portugal)