"O ambiente vai ser espetacular. Já estive algumas vezes no Betze e, por isso, estou muito entusiasmada com este jogo", disse a natural da Renânia-Palatinado Jule Brand, que para sexta-feira conta com o apoio fervoroso no quase esgotado Fritz-Walter-Stadion, na sua terra natal: "Está em jogo um título – e logo contra Espanha. É algo muito, muito especial. Queremos o troféu, mesmo não sendo um Europeu ou um Mundial"
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O título será decidido apenas na segunda mão, na terça-feira, no Estadio Metropolitano, em Madrid, frente às espanholas lideradas pelas estrelas Aitana Bonmati e Alexia Putellas. Mas já antes da primeira mão, nota-se claramente que as alemãs, incluindo a guarda-redes Ann-Katrin Berger, de regresso após lesão no joelho, ainda não digeriram a derrota nas meias-finais do Europeu no verão passado (0-1 após prolongamento, com um erro de Berger). "A ferida ainda está aberta", disse Knaak: "Queremos provar que conseguimos vencer a Espanha."
Como isso pode ser feito, a seleção alemã já demonstrou no ano passado. Nos Jogos Olímpicos, a bicampeã mundial e oito vezes campeã da Europa, com Berger em grande destaque na baliza, venceu por 1-0 no disputado jogo pelo bronze. Se as alemãs voltarem a festejar na terça-feira, será o primeiro título desde o ouro olímpico em 2016, no Rio de Janeiro.
O selecionador Christian Wück tem precisamente esse objetivo. "Sabemos que não só vamos ser postas à prova, mas que será preciso uma performance absolutamente de topo para podermos competir", afirmou o treinador: "Mas acredito que temos capacidade para trazer os jogos para o nosso lado. Onze grandes individualidades vão perder contra uma equipa. E queremos ser essa equipa em campo."
Além da ausência prolongada de Lena Oberdorf e da indisponibilidade de Carlotta Wamser, Wück não pode contar com Lea Schüller. A avançada do Bayern Munique, vencedor da dobradinha, que recentemente perdeu o lugar de titular na seleção para Nicole Anyomi, está ausente por motivos familiares. Como Camilla Küver e Sydney Lohmann também estão a contas com problemas musculares, Bibiane Schulze Solano foi chamada à última hora.
Há ainda uma questão importante a resolver em torno destas finais. Wück pretende conversar com Berger para saber se, tendo em vista o Mundial-2027, ela continuará a defender a baliza alemã no futuro. Para a guarda-redes de 35 anos, que no domingo conquistou o título da NWSL com o Gotham FC nos Estados Unidos e que, devido a problemas de voo, só chegou na quarta-feira já com jet lag, este jogo em Kaiserslautern pode ser o último diante do público alemão.
