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É impossível não recordar aquela conferência de imprensa de Irene Paredes e Alexia Putellas no Gamla Ullevi (Gotemburgo), o palco onde Montse Tomé se estreou à frente do combinado nacional. As capitãs ergueram a voz contra Luis Rubiales depois do que aconteceu no Mundial, além de fazerem as reivindicações pertinentes para tornar a seleção um lugar seguro. As palavras de ambas marcaram um antes e um depois. La Roja, além disso, venceu por 3-2 num grande jogo.
As circunstâncias atuais são bem diferentes, com Rafael Louzán como presidente da Real Federação Espanhola de Futebol e Sonia Bermúdez como máxima responsável no banco. A madrilena teve uma estreia ideal na sexta-feira e quererá manter essas boas sensações num duelo peculiar. Tudo indica que fará um bom número de alterações no onze, o que poderá traduzir-se na titularidade de Jenni Hermoso.
Salma Paralluelo está de fora por lesão e Athenea del Castillo, ausência muito destacada na convocatória inicial, será uma das alternativas no ataque. São múltiplas as opções num plantel que procura revalidar o título da Liga das Nações depois de ter ficado a um passo de conquistar o Europeu numa final de infausta memória, um sabor amargo que também experimentaram as campeãs do mundo em Paris-2024.
Esse encontro de 2023 chegou meses depois do triunfo frente às suecas em Auckland, o primeiro da história em termos de duelos diretos. A tendência mudou radicalmente nos últimos dois anos, com pleno de vitórias para as do sul e um registo extraordinário a nível de golos (14-6). Veremos se, apesar da vantagem de quatro golos, as de Bermúdez mantêm a intensidade e voltam a sair vencedoras.
Falam Bermúdez e Aleixandri
"Pensamos no presente e no jogo de amanhã, que sabemos que vai ser duro. Queremos ganhar o jogo. Viemos para ganhar e tentar chegar à final que tanto desejamos. Entraremos intensas porque queremos ganhar e competir amanhã. A equipa quer ganhar este e todos os jogos, são muito competitivas", destacou Sonia perante os meios de comunicação.
"Evoluímos muito como equipa e como seleção, pelos resultados e por tudo. É bonito olhar para trás a sorrir, ver o trabalho que foi feito e, sobretudo, vir selar esta passagem à final. O cenário de amanhã é inigualável e ambicioso, para o que esta seleção sonha", afirmou Laia.
Onzes prováveis:
Suécia: Falk; Holmberg, Bjorn, Eriksson, Andersson; Angeldal, Asllani, Zigiotti; Rolfo, Blackstenius e Kaneryd.
Espanha: Cata Coll; Ona Batlle, Irene Paredes, María Méndez, Olga Carmona; Aitana Bonmatí, Laia Aleixandri, Alexia Putellas; Claudia Pina, Jenni Hermoso e Mariona Caldentey.