Após selado o apuramento para o Mundial-2026, no Estádio do Dragão, com uma goleada por 9-1 diante da Arménia, o chefe de Estado aproveitou a ocasião para homenagear, em conjunto com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, os envolvidos na conquista do terceiro troféu do futebol sénior português, alcançado na Alemanha.
“Em primeiro lugar, dou muitos parabéns à equipa campeã há seis meses. Não havia melhor momento para condecorações do que o dia de hoje. Depois, parabéns pelo dia inesquecível que tivemos hoje, nós e milhões de portugueses espalhados pelo mundo. Todos os outros irão certamente ser vencedores nos Estados Unidos. Na América, vai dar Portugal. Isto quer dizer que vai ganhar Portugal”, afirmou o Presidente da República.
Entre os agraciados, Nuno Mendes, Pedro Gonçalves, Cristiano Ronaldo e Rodrigo Mora não estiveram presentes, tendo sido representados pelo presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Pedro Proença.
À margem da cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa fez um balanço do sucesso da equipa das quinas ao longo da sua presidência.
“Foi um ciclo muito vitorioso. Começámos com a vitória no Euro-2016, em França, e foi um salto no futebol português como não se via há muito tempo. Volvidos três anos, conseguimos a primeira Liga das Nações, aqui no Porto, de forma inesquecível, e agora a segunda, vencendo a Espanha no último dos segundos, um momento histórico”, recordou.
O chefe de Estado recuperou ainda a frase que pretende como mote para o Mundial-2026: “Como resumi, numa frase que é um pouco a campanha que vamos fazer nos EUA: ‘Vai dar Portugal’. Esta frase funciona em português e também em inglês”.
Em fim de mandato, Marcelo deixou votos para que o seu sucessor exiba a mesma “paixão” pelo futebol.
“Um português que não tem paixão por futebol é um português um bocado distraído. Tenho a certeza de que o candidato vencedor terá essa paixão e acompanhará. E tem muito por onde acompanhar, porque o primeiro desafio de preparação será logo depois da tomada de posse do novo presidente”, observou.
O Presidente da República evocou ainda o malogrado internacional português Diogo Jota, que também participou na campanha vitoriosa da Liga das Nações.
“Já homenageámos esse jovem que tinha o futuro à frente. A última recordação que tenho dele foi da Liga das Nações. Era um dos jovens mais promissores, entusiasmados, e estava no cúmulo da sua alegria. Viu-se hoje, ao 21.º minuto, o estádio inteiro a pensar nele, e nunca mais o vai esquecer”, destacou.
Durante a partida deste domingo, Eusébio foi igualmente homenageado, com os jogadores a envergarem um equipamento negro que assinala o simbolismo e a memória da antiga glória do futebol português.
“Eusébio foi homenageado no equipamento, com presença de familiares, e também nos lembramos sempre dele. Era miúdo e tive a alegria de ver, em Inglaterra, o jogo dos 5-3 à Coreia do Norte (no Mundial-1966). Todos os portugueses vimos o que ele fez pelo país, e até isso caiu bem no dia de hoje”, concluiu Marcelo
